Chade. Macron espera que diálogo seja no mais curto espaço de tempo

O Presidente francês disse hoje esperar que o diálogo nacional no Chade pudesse ser realizado "dentro de um curto espaço de tempo" e ofereceu apoio da França, durante um telefonema com o presidente de transição, Mahamat Idriss Déby Itno.

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Lusa
06/05/2022 17:59 ‧ 06/05/2022 por Lusa

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Emmanuel Macron "saudou o empenho do seu interlocutor na realização do diálogo nacional, em condições inclusivas e num curto espaço de tempo", informou o Eliseu.

O chefe de Estado manifestou este desejo na sequência do anúncio do Conselho Militar de Transição (CMT) do Chade, no domingo, do adiamento do fórum previsto a partir de 10 de maio, que deveria levar a uma transferência de poder para os civis, a pedido do Qatar, mediador de um "pré-diálogo" que não avançou durante um mês e meio, em Doha, entre a junta e os numerosos grupos rebeldes.

Paris reagiu ao anúncio expressando o seu "apego à realização de um diálogo o mais rapidamente possível".

Para o efeito, Emmanuel Macron "reiterou a disponibilidade da França para apoiar as discussões em curso com os grupos político-militares em Doha para que estes se juntem ao diálogo nacional e ao processo de transição", de acordo com a presidência.

A França tem acompanhado de perto os desenvolvimentos no Chade, um dos seus aliados na luta contra os grupos terroristas islâmicos no Sahel, desde a morte súbita, em 20 de abril de 2021, do Presidente, Idriss Déby Itno, que governou o país durante mais de 30 anos.

No mesmo dia, o seu filho Mahamat Idriss Déby Itno, um general de 37 anos, foi proclamado pelo exército como "presidente de transição", à frente de uma junta composta por 15 generais.

Tinha sido apoiado pela comunidade internacional, liderada pela França, União Europeia (UE) e União Africana (UA), enquanto a mesma comunidade sancionou golpistas militares noutras partes de África.

Durante a sua reunião, Macron e Déby - que felicitaram o francês pela sua reeleição - também discutiram "questões de segurança regional, particularmente no Sudão, na República Centro-Africana e no Sahel", de acordo com o Eliseu.

Leia Também: França. Partido de Emmanuel Macron passa a chamar-se Renascença

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