A mãe de dois estudantes da primária Robb, em Uvalde, no Texas, entrou no estabelecimento - enquanto o jovem de 20 anos responsável pelo tiroteio que matou 21 pessoas estava lá barricado - para salvar os filhos.
De acordo com o que contou ao Wall Street Journal (WSJ), Angeli Rose Gomez conduziu cerca de 64 km até à escola assim que soube da situação. Tal como muitos outros pais, e não só, a mulher criticou a falta de ação da polícia, que, de acordo com os registos, demorou cerca de 40 minutos a uma hora para agir. "A polícia não estava a fazer nada", contou a mãe das duas crianças ao jornal. "Estavam apenas cá fora junto à vedação. Não estavam a dirigir-se para a escola ou para qualquer outro sítio", descreveu.
Segundo o WSJ, Gomez chegou a ser algemada pelas autoridades devido à "intervenção na cena do crime", porém, conseguiu convencer um dos polícias a libertá-la. Aparentemente mais calma, assim que se conseguiu libertar correu pela multidão e acabou por ultrapassar a fita sinalizadora, entrando na escola - onde o jovem de 20 anos estava barricado numa sala de aula.
A mulher conseguiu trazer os seus filhos, que frequentam o 2.º e 3.º anos, vivos. Gomez não foi a única familiar a reclamar com as autoridades já que, segundo a publicação norte-americana, um dos pais chegou a ser atingido com gás pimenta e as autoridades imobilizaram outro familiar com um taser.
O tiroteio na escola primária texana reavivou uma das questões que divide os Estados Unidos ao meio - o uso de armas e a acessibilidade facilitada, da qual já resultaram inúmeros tiroteios em locais como escolas, igrejas ou comunidades específicas. Morreram 21 pessoas, entre as quais 19 crianças, e ficaram feridas outras 17 pessoas.
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