Filipinas protestam contra "assédio" de navio no mar da China Meridional

As Filipinas convocaram hoje um diplomata sénior chinês para protestar contra o alegado "assédio" de um navio de investigação marinha por um barco da guarda costeira chinesa nas águas territoriais daquele país asiático.

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Lusa
01/06/2022 06:15 ‧ 01/06/2022 por Lusa

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Filipinas

O Ministério dos Negócios Estrangeiros filipino disse que "convocou um alto funcionário da Embaixada da China em Manila para protestar contra o assédio (...) do RV Legend, que estava a realizar investigações científicas marinhas autorizadas".

O ministério acrescentou que também está a examinar relatos da "presença de navios da guarda costeira estrangeira junto de Reed Bank", onde as empresas filipinas estão a explorar petróleo.

Manila e Pequim lutam há muito por áreas do mar da China Meridional sobre as quais a China diz ter direitos exclusivos, desafiando uma decisão judicial de 2016 em Haia (Países Baixos) de que as suas reivindicações históricas são infundadas.

Os incidentes constituem, segundo as autoridades filipinas, "claras violações da jurisdição marítima das Filipinas".

A embaixada chinesa em Manila não respondeu as observações filipinas.

Num outro comunicado, o Departamento dos Negócios Estrangeiros das Filipinas disse que emitiu um protesto diplomático separado sobre o que chamou de "moratória de pesca de três meses e meio imposta unilateralmente por Pequim", perto das disputadas Ilhas Spratly por ambos os países.

Na semana passada, um relatório da Iniciativa de Transparência Marítima da Ásia (AMTI) afirmou que o RV Legend havia sido seguido perto pelo navio da guarda costeira chinesa a noroeste da principal ilha de Luzon, nas Filipinas.

Embarcações chinesas assediaram barcos comerciais e de investigação em duas outras ocasiões no mês passado, de acordo com a AMTI, incluindo uma perto do atol de Second Thomas, estrategicamente localizado nas Filipinas.

A AMTI acredita que as manobras chinesas criam "um alto risco de colisões no mar".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros das Filipinas disse hoje que também foram objeto de "protestos diplomáticos (...) atividades ilegais" junto ao atol de Second Thomas e que navios chineses cercaram um navio da guarda costeira filipina na zona.

Leia Também: Filipinas reclamam reconhecimento de Haia sobre ilhas disputadas

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