O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, esclareceu que o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, "não quis ouvir" quando os serviços secretos norte-americanos recolheram informações que indicavam que a Rússia se preparava para invadir a Ucrânia.
Falando num evento de angariação de fundos para o partido Democrata em Los Angeles, Joe Biden disse que "muita gente pensava que estava a exagerar" quando revelou a existência de relatórios que indicavam que o presidente russo, Vladimir Putin, se preparava para "invadir, para além das suas fronteiras", reporta a Associated Press.
"Não havia dúvidas", acrescentou o chefe de Estado norte-americano, a este propósito. "E Zelensky não queria ouvi-lo", apontou ainda.
A respeito da guerra na Ucrânia, Joe Biden apontou ainda que "nada disto tem acontecido desde a Segunda Guerra Mundial". "
"Sei que muita gente pensava que eu estava talvez a exagerar", referiu.
Recorde-se que, nas semanas anteriores à invasão, a Rússia procedeu a um reforço das suas tropas nas fronteiras com território ucraniano - o que causou algumas especulações acerca da possibilidade de Moscovo estar a preparar uma invasão. Uma alegação que, no entanto, foi negada pelo Kremlin.
Desde o início da guerra, os Estados Unidos da América, juntamente com os aliados ocidentais, uma enorme quantia de ajuda à Ucrânia: tanto financeira, como militar e humanitária.
Até ao momento, a Ucrânia foi capaz de impedir a conquista, por parte da Rússia, de algumas das suas principais cidades, como Kyiv e Kharkiv. Porém, intensos combates prosseguem na região oriental do Donbass, onde decorrem as principais investidas das tropas de Putin.
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