Oposição sul-africana pede ao FBI que investigue Presidente Ramaphosa
O principal partido da oposição na África do Sul, a Aliança Democrática (AD), pediu à polícia federal dos Estados Unidos (FBI) que investigue um alegado caso de corrupção envolvendo o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, anunciou hoje a organização política.
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Mundo Cyril Ramaphosa
"Escrevemos ao FBI dos Estados Unidos para solicitar que investiguem as alegações de possível lavagem de dinheiro pelo Presidente", disse a AD num comunicado.
Na origem do pedido está uma denúncia apresentada no início deste mês pelo ex-chefe dos serviços de informações sul-africanos, Arthur Fraser, que acusa Ramaphosa de esconder da polícia e da opinião pública um roubo em 2020 de cerca de 4 milhões de dólares (3,7 milhões de euros) numa das suas propriedades rurais.
"São acusações graves que vão continuar a causar enormes prejuízos à nossa economia e às nossas perspetivas de atração de investimento e criação de emprego, bem como à credibilidade da Presidência, da polícia e do sistema judicial", destaca o partido no seu comunicado.
Em 09 de junho, o líder da AD, John Steenhuisen, já citava que o alegado caso de corrupção aproxima Ramaphosa do seu antecessor, Jacob Zuma (Presidente de 2009 a fevereiro de 2018, quando foi obrigado a renunciar devido a vários escândalos), e questionam a vontade do Presidente sul-africano para combater a corrupção.
"Você não queria que se soubesse que (o dinheiro, alegadamente 4 milhões de dólares) havia desaparecido... Essas não são ações de alguém que não infringiu a lei", disse Steenhuisen.
As acusações também incluem o alegado sequestro dos ladrões e tentativa de suborno para esconder o roubo.
Ramaphosa, embora tenha confirmado o furto sem revelar o valor, negou as acusações e defendeu que o dinheiro provém da venda de animais - um dos lucrativos negócios que o Presidente tem e em que são comuns as transações em dinheiro vivo.
Apoiantes de Ramaphosa defendem que as acusações têm motivação política, uma vez que Fraser está ligado a pessoas próximas de Zuma e a uma fação do partido no poder que se opõe ao atual Presidente.
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