Sobe para 77 o número de mortos por causa das chuvas no Paquistão

Pelo menos 77 pessoas morreram nas últimas três semanas no Paquistão na sequência das fortes chuvas que têm atingido várias partes do país, especialmente a região oeste, confirmou hoje o Governo paquistanês.

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Lusa
06/07/2022 18:33 ‧ 06/07/2022 por Lusa

Mundo

Paquistão

"No total, as mortes devido à monção são 77, incluindo crianças, mulheres e homens", disse a ministra para as Alterações Climáticas, Sherry Rehman, durante uma conferência de imprensa, em Islamabad.

Só na província ocidental do Baluchistão morreram 39 pessoas, seis nas últimas 24 horas, segundo a mesma representante, que classificou a situação como uma "tragédia nacional".

As fortes chuvas destruíram centenas de casas e dificultaram também as operações de salvamento em áreas remotas.

Segundo Sherry Rehman, o Paquistão é um dos países mais afetados pelas alterações climáticas no mundo e esta monção foi 87% mais forte do que se esperava.

"Um total de 16 inundações de lagos glaciares ocorreram no norte do Paquistão este verão, mais do que as habituais cinco ou seis por estação do ano", continuou a ministra.

As chuvas intensificaram-se no início da semana no Baluchistão, onde várias cidades, incluindo a capital Quetta, acabaram inundadas, depois de se ter registado um aumento da precipitação nas regiões em 274%, avançou Rehman.

"Isto é apenas o começo e precisamos de estar preparados", acrescentou a representante, antes de admitir que "isto é definitivamente um desastre nacional".

O país permanece em alerta, uma vez que se prevê que as chuvas continuem durante os próximos três dias.

Durante a época das monções no sul da Ásia, geralmente de julho a setembro, os deslizamentos de terra e as inundações são comuns, registando-se não só diversas mortes, como danos materiais significativos.

As piores inundações na história do Paquistão ocorreram em 2010, depois de uma monção, associada a um descongelamento particularmente pesado no verão, ter resultado em cerca de dois mil mortos e mais de 20 milhões de pessoas afetadas.

Leia Também: ONU pede investigação independente a morte de 18 pessoas no Uzbequistão

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