Europa, Ásia e Austrália condenam ataque a ex-primeiro-ministro

Vários chefes de Estado e de Governo, da Europa à Ásia e à Austrália, condenaram hoje o ataque contra o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, tendo alguns, como a Rússia, classificado o ato como terrorismo.

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Lusa
08/07/2022 11:06 ‧ 08/07/2022 por Lusa

Mundo

Shinzo Abe

 

O primeiro-ministro italiano, Mário Draghi, "condenou fortemente" o ataque, numa mensagem divulgada na rede social Twitter, publicada ao mesmo tempo que a imprensa japonesa anunciava a morte de Abe.

"O Governo italiano expressa forte condenação ao ataque a Shinzo Abe", escreveu Draghi, enquanto o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi dizia "estar despedaçado".

Já a Rússia classificou o ataque como "um ato de terrorismo" e o Ministério dos Negócios Estrangeiros referiu esperar que "aqueles que planearam e cometeram o crime monstruoso sejam devidamente punidos".

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que teve uma relação próxima com Abe quando este liderava o Governo japonês, foi um dos primeiros a expressar a sua tristeza pelo ataque ao seu "querido amigo".

"Estou profundamente triste pelo ataque ao meu querido amigo Shinzo Abe. Os nossos pensamentos e orações estão com ele, com a sua família e com o povo do Japão", disse o primeiro-ministro indiano.

Também o primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, disse ter ficado "profundamente chocado ao ouvir a triste notícia", e o Presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, expressou, no Twitter, "choque e tristeza" pelo ataque que resultou na morte de Abe.

No Bangladesh, o ministro dos Negócios Estrangeiros considerou o ataque como "infeliz e terrível" e na Austrália, o primeiro-ministro classificou as notícias vindas do Japão como "chocantes".

Ao mesmo tempo, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão condenava o que classificou como um "ato terrorista", acrescentando estar a seguir as notícias "de perto e com preocupação".

O ataque foi ainda condenado pelo primeiro-ministro de Singapura, tendo o primeiro-ministro descrito Abe como "um bom amigo", e pela Tailândia, onde o chefe de Governo se disse "muito chocado".

Na Malásia, o ministro dos Negócios Estrangeiros admitiu estar "triste e chocado", em Myanmar, o porta-voz da junta militar no poder garantiu que o país está "extremamente chocado e surpreso" e nas Filipinas, o representante dos Negócios Estrangeiros expressou "grande choque e consternação".

O antigo primeiro-ministro japonês Shinzo Abe morreu hoje depois de ter sido atingido a tiro enquanto discursava num comício eleitoral em Nara, uma cidade no oeste do Japão, anunciou o seu partido.

Abe, 67 anos, foi atingido pelas costas quando fazia um discurso na rua antes das eleições parlamentares de domingo.

O Partido Liberal Democrático (LDP), a que pertencia, anunciou a sua morte após os serviços de saúde terem anunciado que Abe tinha sido levado para um hospital em paragem cardiorrespiratória, segundo a agência espanhola EFE.

Leia Também: Stoltenberg "profundamente triste com assassinato hediondo" de Shinzo Abe

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