O grupo é liderado pela congressista democrata Stephanie Murphy.
A delegação que aterrou hoje em Taipé é bipartidária e composta por oito membros do Congresso dos Estados Unidos. Eles devem reunir hoje com a líder de Taiwan, Tsai Ing-wen.
Stephanie Murphy está entre os legisladores norte-americanos que apresentaram um projeto de lei que permitiria aos EUA emprestar armas a Taiwan. Trata-se de uma proposta semelhante à aprovada anteriormente para emprestar armamento à Ucrânia. Na semana passada, o governo de Joe Biden aprovou a venda de mil milhões de dólares em equipamento militar a Taiwan.
A delegação inclui ainda o democrata Kaiali'i Kahele e os republicanos Scott Franklin, Joe Wilson, Andy Barr, Darrell Issa, Claudia Tenney e Kat Cammack.
Pequim vê as visitas de alto nível à ilha como uma interferência nos assuntos internos do país e um reconhecimento de facto da soberania de Taiwan, reagindo com agressividade.
No início de agosto, após a presidente da Câmara dos Representantes norte-americana, Nancy Pelosi, se deslocar a Taiwan - a visita de mais alto nível realizada pelos Estados Unidos à ilha em 25 anos -- Pequim lançou exercícios militares numa escala sem precedentes, que incluíram o lançamento de mísseis e o uso de fogo real. Durante quase uma semana, o Exército de Libertação Popular fez um bloqueio marítimo e aéreo de facto ao território.
A China manteve desde então o assédio militar, enviando diariamente navios e aviões de guerra para perto de Taiwan.
Os recentes exercícios militares da China foram vistos por analistas como um ensaio para uma futura ação militar contra a ilha. Os líderes militares dos EUA dizem que uma invasão chinesa pode ocorrer nos próximos anos.
Após a viagem de Pelosi, um senador dos EUA e outra delegação do Congresso visitaram Taiwan. Também os governadores dos estados de Arizona e de Indiana fizeram visitas com foco na indústria dos 'chips' semicondutores. Taiwan é o maior produtor do mundo daqueles componentes, essenciais no fabrico de alta tecnologia.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a unificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
Os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com Taipé em 1979, passado a reconhecer Pequim como o único governo legítimo de toda a China. Washington continua, no entanto, a ser o principal fornecedor de armas e aliado da ilha.
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