Primeiro-ministro ucraniano deplora "atitude passiva" do FMI

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmygal, lamentou hoje uma "atitude passiva" do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao demonstrar inquietação pelos "atrasos" no exame pela organização do pedido de ajuda ucraniano.

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© Yuliia Ovsyannikova/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images

Lusa
10/09/2022 22:21 ‧ 10/09/2022 por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

Ao contrário dos Estados Unidos e da União Europeia (UE), que atuam como "líderes", Kiev observa "uma atitude muito passiva do FMI", considerou Chmygal no Fórum internacional Yalta European Strategy (YES), na capital ucraniana.

A Ucrânia pediu em agosto ao FMI um novo programa de ajuda e quando a sua economia, duramente atingida pela invasão russa, se arrisca a contrair mais de 30% em 2022.

"Fazemos o nosso melhor, enviámos todos os documentos e apelamos evidentemente ao FMI para que intensifique a sua atividade", acrescentou Chmygal.

A assistência do FMI deverá inserir-se num plano internacional mais vasto, liderado pelos Estados Unidos e UE, para ajudar a Ucrânia a enfrentar as consequências da guerra.

No âmbito deste esforço, os ministros das Finanças da UE aprovaram na sexta-feira um empréstimo de cinco mil milhões de euros a Kiev, que espera receber os fundos antes do final de setembro.

A UE deve ainda conceder à Ucrânia um donativo de três mil milhões de euros em outubro, acrescentou Chmygal.

No curto prazo, a ajuda ocidental à Ucrânia deverá totalizar 39 mil milhões de euros.

De acordo com um diplomata europeu citado pela agência noticiosa AFP, esta soma deverá revelar-se insuficiente, pelo facto de ter sido calculada na hipótese de a invasão russa terminar no final de agosto.

A verba anunciada também não engloba as enormes necessidades para a reconstrução do país.

Na sexta-feira, o Banco Mundial avaliou o custo "atual" desta reconstrução em 349 mil milhões de euros, e precisou que "deverá aumentar nos próximos meses e quando a guerra prossegue".

A ofensiva lançada em 24 de fevereiro na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.

Leia Também: Rússia confirma retirada da região de Kharkiv, segunda principal cidade

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