Televisão de Cabo Verde investe um milhão para migrar emissão para HD
A Rádio e Televisão Cabo-verdiana (RTC) vai investir quase um milhão de euros para modernizar a emissão televisiva, que até final do primeiro trimestre de 2023 passará a ser feita em alta-definição (HD), anunciou hoje a administração.
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"Hoje estamos aí a dar um grande passo para a materialização pois passaremos a transmitir para o ambiente HD, isso significa 'High level Definition', portanto, alto valor de imagem. Esperamos servir cada vez mais e melhor o povo cabo-verdiano", afirmou hoje o presidente do conselho de administração da RTC, Policarpo Carvalho.
A migração da emissão da RTC, que funciona atualmente com um canal nacional e outro internacional, será assegurada pela empresa portuguesa Pantalha - Sistema de Processamento de imagem, que venceu o concurso público lançado pela televisão estatal cabo-verdiana, por 999.033 euros, conforme contrato assinado hoje na Praia.
"Enquanto conselho de administração, a nossa grande missão é modernizar e inovar a televisão de Cabo Verde e apresentar um rasgo de futuro para a indústria televisiva em Cabo Verde, procurando garantir cada vez mais e melhor serviço público de rádio e de televisão, com mais autonomia produtiva, financeira, administrativa e patrimonial, bem como a valorização dos nossos recursos humanos", sublinhou Policarpo Carvalho, após a assinatura do contrato com a empresa Pantalha.
O contrato prevê a aquisição de equipamentos tecnológicos e acessórios diversos para renovação do sistema automatizado de produção e emissão de conteúdos e adequação das estruturas técnicas da RTC, nomeadamente a emissão em alta-definição.
"É uma honra podermos vir a modernizar a vossa televisão, migrando para alta definição e com uma série de sistemas, 'software' e 'hardware' de última geração. Como foi dito aqui, isso vai ocorrer até ao final do primeiro trimestre do próximo ano, 2023. Hoje é o dia do pontapé de saída para esse projeto, que esperamos, venha a ser concluído da melhor forma possível", afirmou José Manuel Ribeiro, sócio-gerente da empresa fornecedora, presente no ato de hoje.
O presidente do conselho de administração da RTC -- que congrega a televisão e rádio públicas -, sublinhou, na mesma intervenção, que o grupo, entre as empresas do universo do Setor Empresarial do Estado, é o "mais cidadão" do país: "A RTC é financiada duas vezes pelos cabo-verdianos, diretamente pela taxa do audiovisual e indiretamente pela via dos impostos. Os cabo-verdianos merecem de nós o nosso empenho, a nossa dedicação, é por isso que estamos aqui neste processo de modernização da rádio e televisão de Cabo Verde".
A tutela da comunicação social no atual Governo cabo-verdiano está no gabinete do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, tendo o secretário de Estado adjunto, Lourenço Lopes, destacado a cobertura do Estado a esta operação.
"Esta plataforma tecnológica resulta efetivamente de um esforço da RTC, dos seus responsáveis, mas não seria possível sem o estabelecimento de parcerias, desde logo do Estado de Cabo Verde. Definimos desde o início desta legislatura que, em relação à RTC, um dos desafios maiores seria dar confiança para ter uma nova plataforma tecnológica, uma plataforma de produção e de difusão de conteúdos, porque aquela que está em vigor pode a qualquer momento cair, como costuma dizer o presidente do conselho de administração", recordou o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro.
Para Lourenço Lopes, face à urgência desta transição, "o Estado não teve dúvidas" em conceder um aval no valor de um milhão de euros "para que a RTC, junto à Bolsa de Valores de Cabo Verde, pudesse emitir um empréstimo obrigacionista particular, para viabilizar esta plataforma".
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