Presidente de transição do Chade pede apoio à Guiné-Bissau
O Presidente de transição do Chade, Déby Itno, pediu hoje ao chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, apoio para a mobilização de recursos para que a segunda fase de transição no país tenha "sucesso".
© Lusa
Mundo Chade
"O apoio do seu país foi determinante na primeira fase de transição, as suas relações pessoais para a mobilização de recursos financeiros, materiais, técnicos e diplomáticos são necessárias e solicitam-se para que possamos ter sucesso nesta segunda fase de transição", afirmou o Presidente do Chade.
Déby Itno falava no Palácio da Presidência, em Bissau, durante uma declaração conjunta à imprensa no âmbito de uma visita oficial, de cerca de 24 horas, que está a realizar à Guiné-Bissau e que hoje termina.
Na sua declaração, o Presidente de transição do Chade defendeu também o reforço da cooperação bilateral entre os dois países, nomeadamente nos setores económico e de segurança.
Segundo Déby Itno, os dois países precisam de criar sinergias para reforçar as "relações de cooperação no setor de segurança, criando um quadro de partilha de experiências, formação e informação", para reforço da segurança e "travar a propagação dos grupos jiadistas" que atuam no continente africano.
"Destaco a importância da criação de uma comissão mista que permitirá imprimir uma nova dinâmica nas nossas relações de cooperação e concretizar a cooperação económica no interesse dos nossos países", acrescentou.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, condenou os atentados terroristas no Chade e manifestou toda a solidariedade ao povo e às famílias vítimas de terrorismo, lembrando que o antigo Presidente do Chade Idriss Déby, morto em combate contra grupo rebeldes, era como um pai para si.
O Chade tem estado sob a liderança do Conselho Militar de Transição (CMT, junta militar) desde a morte do ex-presidente Idriss Déby -- pai do Presidente de transição -, nos combates entre grupos rebeldes e o exército, em abril de 2021.
Após a tomada de posse, o CMT, liderado por Déby Itno, de 38 anos, anulou a Constituição e dissolveu o Governo e o parlamento.
Durante o diálogo nacional foi acordado dissolver o CMT e prolongar a transição por mais dois anos, embora fosse suposto durar 18 meses e terminar em 20 de outubro.
O diálogo foi amplamente criticado e boicotado pelos partidos da oposição e movimentos rebeldes, por não o considerarem inclusivo.
Desde o início, Déby Itno tem tido o apoio da comunidade internacional, liderada pela França, a UE e a União Africana, uma vez que o exército chadiano é um dos pilares da guerra contra os grupos terroristas na região do Sahel, juntamente com as tropas francesas da missão Barkhane.
Os lusófonos Angola e São Tomé e Príncipe integram a CEEAC.
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