"Os terroristas russos, para além de combaterem o nosso exército, lançam uma guerra de terror contra civis, o que piorou a situação humanitária e danificou cerca de 40% do nosso sistema de energia", escreveu Kuleba na sua conta no Twitter.
Isso faz parte do "genocídio contra a população ucraniana", prosseguiu o governante na sua mensagem, na sequência dos ataques massivos às instalações de energia denunciados na segunda-feira pelas autoridades e pelo comando militar ucraniano.
Estes ataques causaram danos em cerca de 10 regiões, sendo que em sete delas houve cortes na eletricidade e no abastecimento de água, como foi o caso de Kyiv.
Apesar de o serviço já ter sido reposto na capital ucraniana, foram programados cortes pontuais a fim de estabilizar a operacionalidade do sistema de abastecimento energético, revelou o presidente da Câmara de Kyiv, Vitali Klitschko.
Nas últimas semanas, as tropas russas voltaram a intensificar os ataques a Kyiv, feitos com o recurso a drones 'kamikaze', e dirigidos a infraestruturas energéticas e outros objetivos civis.
Klitschko disse hoje que devido aos últimos ataques 350 mil casas em Kyiv ficaram sem abastecimento de eletricidade e que 80% delas não têm água.
Citado pelo jornal "Kyiv Independent", o Ministério da Transformação Digital ucraniano, assegurou, por seu lado, que os ataques afetaram cerca de 450 torres de comunicações móveis da cidade, sendo os responsáveis pelas interrupções no serviço verificadas na segunda-feira.
Numa anterior mensagem, Kuleba indicou decorrerem trabalhos com parceiros internacionais para restaurar a infraestrutura energética da Ucrânia.
"Garantimos o fornecimento de equipamentos pelos governos e empresas de 12 países: Israel, Espanha, Itália, Lituânia, Alemanha, Macedónia do Norte, Polónia, República da Coreia, Eslováquia, Eslovénia, Finlândia e França", acrescentou o ministro.
"Ao todo, estamos a falar de 954 unidade de equipamentos energéticos. Os primeiros lotes de ajuda já estão na Ucrânia, o resto espera-se que chegue num futuro próximo. Continuamos a trabalhar para aumentar o número de parceiros e de apoios", disse Kuleba.
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