Pelo menos uma pessoa morreu e outras 10 ficaram feridas depois de vários mísseis disparados pelo Irão, esta segunda-feira, terem atingido a sede de um partido curdo em Koye, perto de Erbil, a capital da região curda autónoma no norte do Iraque.
De acordo com o presidente da câmara de Koye, Tariq Haidari, citado pela Al Jazeera, a Guarda Revolucionária Iraniana esteve por trás do ataque, que, segundo o autarca, visava "grupos terroristas".
De lembrar que os ataques transfronteiriços têm vindo a acontecer numa altura em que o Irão está a viver protestos pela morte de Mahsa Amini, uma mulher curda iraniana, de 22 anos, enquanto estava sob custódia da Polícia da Moralidade e Costumes.
Mahsa Amini morreu no dia 16 de setembro, três dias depois de ter sido detida pela polícia de moralidade em Teerão, capital do Irão, onde estava a visitar o irmão mais novo. A curda iraniana foi acusada de violar o rígido código de vestuário da República Islâmica, que exige que as mulheres usem o véu.
O Irão e o Iraque têm laços políticos e militares estreitos, e Teerão forneceu um amplo apoio militar a Bagdade, durante a guerra vários de anos contra o grupo extremista Estado Islâmico.
De acordo com fontes "antiterroristas" do Curdistão iraquiano - não identificadas - pela France Presse os ataques com drones e mísseis fizeram até ao momento 14 mortos, desde setembro.
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