Chineses dizem que 'ralhete' a Trudeau se deveu a 'fugas' à imprensa

Líderes da China e do Canadá, respetivamente, protagonizaram um momento tenso na cimeira do G20, depois de o primeiro-ministro canadiano ter, ainda este mês, acusado os chineses de interferir "agressivamente" nas eleições do Canadá.

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© Adam Scotti/Prime Minister's Office/Handout via REUTERS

Notícias ao Minuto
18/11/2022 12:42 ‧ 18/11/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

China

As tensões entre Canadá e China parecem aumentar a cada dia que passa, e Pequim sentiu a necessidade de esclarecer, afinal, o que esteve por detrás do ‘puxão de orelhas’ que o presidente da China, Xi Jinping, deu ao primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, durante a cimeira do G20, em Bali, na Indonésia.

O 'fugas' de detalhes de uma conversa entre Xi e Trudeau, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China nesta sexta-feira, foi a raiz do desentendimento, que foi captado num vídeo publicado por emissoras canadianas.

Nesse mesmo vídeo, é possível ver Xi Jinping a dizer a Trudeau, com a ajuda de um tradutor, que "tudo o que discutimos acabou nos jornais, e isso não é apropriado".

Mao Ning, vice-diretora do Departamento de Informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, citada pela Reuters, disse que Trudeau foi ao encontro de Xi durante a cerimónia de boas-vindas do G20, na terça-feira. "O lado chinês já apresentou um protesto severo ao lado canadiano, enfatizando que a 'fuga' arbitrária de conversas entre líderes para o mundo exterior não estava alinhado com o senso comum de trocas de alto nível”, ‘ralhou’ Mao.

"A Reuters, citando uma pessoa do governo canadiano, disse que Trudeau levantou sérias preocupações sobre as chamadas ações de interferência chinesa" nas eleições no Canadá, vaticinou ainda a dirigente chinesa.

O vídeo em que Xi ‘repreende’ Trudeau mostra um lado poucas vezes visto do presidente chinês, que tende a mostrar uma imagem calma e sóbria.

Em resposta ao ‘raspanete’ chinês, no entanto, o primeiro-ministro canadiano não perdeu a compostura, argumentando: “No Canadá, acreditamos no diálogo livre, aberto e franco e é isso que continuaremos a ter, continuaremos a procurar trabalhar juntos de forma construtiva, mas haverá coisas em que discordamos.”

As tensões entre Canadá e China têm aumentado exponencialmente desde 2018, ano em que um executivo sénior da gigante tecnológica chinesa Huawei, Meng Wanzhou, foi detido, levando os chineses a deter, em resposta, dois canadianos, em Pequim, acusados de espionagem.

Este mês, Justin Trudeau acusou os chineses de intromissão "agressiva" nas eleições canadianas.

Leia Também: Oficiais chineses tentaram obstruir investigação à Huawei, dizem EUA

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