Um morto e "entre 10 e 12" desaparecidos na ilha italiana de Ischia
Os deslizamentos de terra que ocorreram hoje na ilha de Ischia, no sul da Itália, causaram pelo menos a morte de uma mulher e há registo de "entre 10 e 12" desaparecidos, segundo um novo balanço das autoridades italianas.
© CIRO FUSCO/Ansa/AFP via Getty Images
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O presidente da região de Nápoles (que inclui Ischia), Claudio Palomba, confirmou este novo balanço numa conferência de imprensa, mas sublinhou que se trata de uma contagem provisória, porque há "entre 10 e 12 pessoas" desaparecidas, que não respondem às tentativas de chamada telefónica.
O corpo da mulher foi recuperado entre a lama e as equipas de resgate continuam à procura de uma dezena de desaparecidos, na sequência dos deslizamentos de terra após chuvas fortes, que provocaram um rasto de destruição na ilha italiana de Ischia.
"Os trabalhos continuam, mas prejudicados pelas condições climáticas", disse o chefe da Proteção Civil, Fabrizio Curcio, antecipando uma noite "complicada" de buscas.
O primeiro balanço, segundo fontes do serviço de emergência, apontava para a existência de pelo menos oito mortos, número que poderia aumentar por haver mais seis pessoas desaparecidas, no entanto, até ao início da noite, apenas foi resgatado um corpo de uma mulher.
A ilha de Ischia, voltada para o Golfo de Nápoles, registou esta noite chuvas torrenciais que causaram inundações e um grave deslizamento de terra pelo município de Casamicciola, na sua parte norte.
Uma parte de uma montanha cedeu e atingiu várias casas da localidade, que estão a ser revistadas com grande esforço e dificuldade das equipas de emergência, reforçadas com unidades vindas de Nápoles e de outros pontos, assim como das Forças Armadas.
No início, o ministro da Infraestrutura e vice-presidente, Matteo Salvini, anunciou oito mortos, mas depois o chefe do Interior, Matteo Piantedosi, corrigiu e disse que não havia ainda mortos confirmados, apenas pessoas desaparecidas.
Porém, pouco tempo depois, o corpo de uma jovem, na casa dos 30 anos, foi recuperado e ainda não foi identificado.
"Foi um momento de muita dificuldade e confusão", justificou o presidente da Câmara de Nápoles, Gaetano Manfredi, do centro de coordenação.
As imagens que vêm de Ischia, uma ilha vulcânica famosa pelas suas fontes termais, são de devastação e caos, com casas desmoronadas, ruas repletas de pedras e árvores arrancadas, e carros e autocarros que entraram junto à zona da praia.
Nestas condições, agravadas pelas chuvas e pela escuridão da noite, as equipas de resgate tentam encontrar possíveis sobreviventes ou vítimas.
"A situação é muito difícil porque são pessoas que provavelmente estão debaixo da lama", ilustrou o ministro do Interior, Matteo Piantedosi.
O balanço indica ainda que várias pessoas tiveram de ser hospitalizadas, entre as quais um rapaz em estado grave devido a traumatismos graves no tórax, enquanto outras oito inicialmente dadas como desaparecidas acabaram por aparecer com vida.
Cerca de 200 moradores de Casamicciola tiveram que ser retirados das suas casas e estão a assistidos num estádio perto da cidade.
A primeira-ministra, Giorgia Meloni, acompanha a situação desde Roma, enquanto chegam ao local os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Cultura, Antonio Tajani e Gennaro Sangiuliano, respetivamente, que tinha ido a Nápoles para a estreia do Teatro San Carlo.
A ilha de Ischia é um dos principais destinos turísticos da Itália durante o verão e faz parte do arquipélago napolitano, de origem vulcânica e com declives acentuados, razão pela qual costuma sofrer este tipo de deslizamento de terra. A última tinha sido em 2009.
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