Sete pessoas morreram e seis ficaram feridas em ataque na RCA
Sete civis foram mortos e seis ficaram feridos numa troca de tiros durante um ataque rebelde no sudeste da República Centro-Africana (RCA), país em guerra civil desde 2013, anunciou hoje uma autoridade local.
© Reuters
Mundo RCA
O ataque ocorreu na quinta-feira perto da cidade de Bakouma, a cerca de 480 quilómetros a leste de Bangui, a capital, e foi realizado por "elementos da Unidade pela Paz na República Centro-Africana (UPC)", um importante grupo rebelde, garantiu Pierre Gbake, vice-presidente de Bakouma, citado pela agência France-Presse.
Os atacantes tentaram controlar a cidade antes de serem repelidos pelas forças armadas centro-africanas e os seus aliados russos, acrescentou a mesma fonte, referindo-se a mercenários da empresa privada russa Wagner.
"Os factos ocorreram após as comemorações do 64.º aniversário da proclamação da República Centro-Africana", que decorreram nomeadamente em Bangui, a capital, em 01 de dezembro, relatou o responsável de Bakouma, referindo que "os rebeldes vieram da cidade de Nzacko", na fronteira com a República Democrática do Congo (RDCongo).
O porta-voz da UPC, Ousmanou Mohamadou, não confirmou nem negou estar por trás do ataque. As autoridades "passam o seu tempo a contar histórias ao povo centro-africano", afirmou, acrescentando que "não está excluída a tomada de Bakouma quando chegar o momento".
O governo centro-africano contactado também pela agência noticiosa não respondeu aos pedidos.
A República Centro-Africana, um dos países mais pobres do mundo, tem sido devastada por uma guerra civil que dura desde 2013, quando uma coligação de grupos armados predominantemente muçulmanos, a Séléka, derrubou o presidente François Bozizé. Este então organizou e armou as chamadas milícias anti-Balaka, principalmente cristãs e animistas, numa tentativa de recuperar o poder.
O conflito, extremamente mortal para os civis, atingiu o pico em 2018 tendo diminuído agora a sua intensidade, e Séléka e anti-Balaka são acusadas ??pela Organização das Nações Unidas (ONU) de terem perpetrado inúmeros crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Em 14 de novembro, o Conselho de Segurança da ONU renovou, por mais um ano, a Missão de Estabilização Integrada Multidimensional na República Centro-Africana (Minusca), que Portugal integra, tendo sido prorrogada até 15 de novembro de 2023.
O projeto de resolução, que renova o mandato da Minusca por um período de um ano dentro do seu atual teto de 14.400 militares e 3.020 polícias, obteve 12 votos a favor e três abstenções, incluindo da China e da Rússia, países que já se abstiveram no passado.
De acordo com o Ministério da Defesa, Portugal tem 204 militares e 45 meios empenhados nesta missão.
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