Forças israelitas matam dois palestinianos em operação na Cisjordânia

As forças israelitas mataram dois palestinianos num confronto esta madrugada durante uma incursão das tropas numa localidade da Cisjordânia ocupada, afirmaram fontes oficiais palestinianas.

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Lusa
02/01/2023 07:38 ‧ 02/01/2023 por Lusa

Mundo

Israel

Os dois homens foram mortos na aldeia de Kafr Dan, perto da cidade de Jenin, no norte do país. Os militares israelitas afirmaram ter entrado em Kafr Dan no final do domingo para demolir as casas de dois combatentes palestinianos que mataram um soldado israelita durante um tiroteio, em setembro.

O Ministério da Saúde palestiniano identificou os mortos como Samer Houshiyeh, de 21 anos, e Fouad Abed, de 25 anos. Houshiyeh foi atingido várias vezes no peito, segundo Samer Attiyeh, o diretor do Ibn Sina Hosipital, em Jenin.

Um grupo armado, as Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, reivindicou mais tarde Houshiyeh como seu membro. O grupo, um ramo do partido Fatah do Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, publicou uma foto mais antiga na qual Houshiyeh posa armado. Um vídeo nas redes sociais mostra o corpo envolvido na bandeira do grupo armado.

Não ficou imediatamente claro se o segundo palestiniano morto integrava também um grupo armado.

Israel diz que demoliu as casas dos militantes como forma de dissuadir potenciais atacantes.

O ano de 2022 foi o mais mortífero na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental desde 2006. Os militares israelitas têm conduzido ofensivas quase diárias a cidades e vilas palestinianas desde que uma série de ataques palestinianos matou 19 israelitas na primavera.

Mais de 150 palestinianos foram mortos no ano passado. Uma nova onda de ataques matou pelo menos mais nove israelitas no outono.

O exército israelita indica que a maioria dos palestinianos mortos integravam grupos armados, mas também foram mortos jovens que lançavam pedras em protesto contra as incursões, bem como outros que não se encontravam envolvidos em confrontos.

Israel justifica as operações com o objetivo de desmantelar as redes dos grupos armados e impedir futuros ataques. Os palestinianos veem-nas como mais uma consolidação dos 55 anos de ocupação da Cisjordânia por parte de Israel.

Leia Também: ANP rejeita novo Governo de Israel "racista e pró-anexação"

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