Relações entre China e Rússia não são influenciadas por "vírus políticos"
Diplomata chinês deixou duras críticas ao Ocidente e defendeu a "confiança e cooperação" entre Pequim e Moscovo.
© Mikhail Svetlov / Getty Images
Mundo Covid-19
O embaixador da China na Rússia reforçou a solidez das relações entre Pequim e Moscovo, afirmando que estas não são influenciadas por "vírus políticos" ou "mentiras".
Esta posição foi transmitida numa entrevista à agência estatal russa TASS, na qual Zhang Hanhui falava sobre o levantamento de medidas anti-Covid-19 na China e a forma como este fim de restrições abria perspectivas para uma nova ronda de cooperação bilateral "baseada nos princípios de assistência mútua e em que todos ganham". De fora não ficaram as críticas ao Ocidente.
"Ao contrário de outros países ocidentais, que pela boca dos seus políticos estavam empenhados de todas as formas em politizar a luta contra a pandemia e desacreditar os nossos esforços meticulosos, os nossos países (China e Rússia) opuseram-se juntos a 'vírus políticos' e ameaças vindas de hegemónicas mundiais, vigiaram a autoridade da OMS (Organização Mundial da Saúde), através da confiança e da cooperação construíram uma cidadela da verdade, que não é afetada por nenhuma mentira", defendeu.
"Como parceiros em interação estratégica abrangente numa nova Era e vizinhos amigáveis, desde o início da pandemia, a China e a Rússia aderiram consistentemente ao espírito de ajuda mútua e assistência mútua inerente às relações bilaterais, lutando contra o inimigo comum de mãos dadas", acrescentou ainda o diplomata chinês, que disse que o presidente russo, Vladimir Putin, foi um dos primeiros líderes mundiais a expressar apoio à China na luta contra a pandemia.
"No momento mais difícil para nós, a Rússia entregou ajuda na forma de suprimentos médicos a Wuhan. A China, por sua vez, enviou equipas médicas à Rússia no auge da pandemia e forneceu apoio material para combater o coronavírus mais de uma vez", rematou.
Sublinhe-se que a China levantou recentemente a maioria das restrições sanitárias contra a Covid-19, medidas estas que estiveram em vigor durante quase três anos. A situação levou a um novo surto do vírus no país, com os trabalhadores de crematórios e funerárias a expor uma situação de sobrelotação.
Vários países impuseram novas restrições a viajantes da China, incluindo Portugal, e a Organização Mundial da Saúde já defendeu que as estatísticas do país sobre o número de casos de Covid-19 "sub-representam o impacto real" da doença nas hospitalizações e mortes.
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