O governador Ibaneis Rocha, afastado do cargo, foi alvo de buscas pela Polícia Federal, na tarde desta sexta-feira, na sequência da invasão das sedes dos três poderes do país - Congresso Nacional, Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal -, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
Ibaneis Rocha reagiu, confirmando a realização das buscas na sua casa, no seu gabinete e no seu escritório de advocacia.
"A operação realizada em minha casa, no meu gabinete e até no escritório do qual estou licenciado há mais de 4 anos vai mostrar minha completa inocência em relação aos lamentáveis factos do último dia 8 de janeiro. Não há nada que me possa ligar aos golpistas que atacaram os três Poderes. Eu colaborei sempre com as investigações e mantenho a mesma postura. Cheguei a fazer um depoimento espontâneo à Polícia Federal, mostrando que não há o que temer", refere Ibaneis Rocha, numa publicação na rede social Twitter.
Não há nada que possa me ligar aos golpistas que atacaram os três Poderes. Eu sempre me comportei de modo a colaborar com as investigações e mantenho a mesma postura. Cheguei a fazer um depoimento espontâneo à Polícia Federal, mostrando que não há o que temer.
— Ibaneis Rocha (@IbaneisOficial) January 20, 2023
O ex-governador ressalva que mantém a "fé no sistema judiciário" e tem a "certeza de que tudo ficará esclarecido".
"Estou afastado do Distrito Federal exatamente para que o trabalho dos polícias e da Justiça transcorra sem qualquer obstáculo, sempre à disposição para novos esclarecimentos", termina o seu comunicado.
O governador Ibaneis Rocha, afastado do cargo, e o ex-secretário executivo da Segurança Pública, Fernando de Souza Oliveira, foram alvo de buscas pela Polícia Federal, na tarde desta sexta-feira, na sequência da invasão das sedes dos três poderes do país - Congresso Nacional, Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal -, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
De acordo com o G1, a ação ocorreu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) brasileira. Os dois estão a ser investigados na sequência do inquérito do Ministério Público Federal, que tenta apurar a conduta das autoridades durante a invasão.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo por 90 dias pelo juiz Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), horas após os ataques.
A decisão de Moraes surgiu em resposta a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), órgão público que representa o Governo Federal brasileiro em tribunais, e do senador e líder do Governo brasileiro no Congresso, Randolfe Rodrigues.
Na decisão, Moraes avaliou que Ibaneis Rocha e Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do Distrito Federal que foi ministro da Justiça até quase ao fim do Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, terão atuado com negligência e omissão.
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