UE acorda novo apoio militar de 500 milhões de euros à Ucrânia
Em causa está uma decisão que contou com a aprovação da Hungria - país que, em momentos anteriores, tinha bloqueado este mesmo acordo.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
A União Europeia (UE) acordou, esta segunda-feira, um novo pacote de ajuda militar no valor de 500 milhões de euros à Ucrânia, de acordo com fontes aqui citadas pela Reuters. A informação foi, entretanto, confirmada pelo ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, em declarações à saída da reunião com os homólogos europeus em Bruxelas, na Bélgica.
Em causa está uma decisão que contou com a aprovação da Hungria - país que, em momentos anteriores, tinha bloqueado este mesmo acordo.
Porém, o país vincou, na reunião de ministros de Negócios Estrangeiros do bloco europeu em curso hoje em Bruxelas, ser contra a aplicação de mais sanções a Moscovo - e, em particular, contra quaisquer medidas que restrinjam a cooperação entre ambos os países no domínio da energia nuclear.
De acordo com um outro diplomata europeu citado pela Reuters, outros 45 milhões de euros em "equipamento não letal" serão fornecidos a Kyiv, no âmbito da missão de treino militar da UE destinada a militares ucranianos.
Estas novidades surgem depois de os países ocidentais não terem conseguido chegar a um acordo acerca do envio de tanques de combate às tropas ucranianas - os Leopard 2, de fabrico germânico.
Porém, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, veio já dizer, esta segunda-feira, que o país se preparava para pedir autorização à Alemanha para enviar os mesmos para a Ucrânia.
Varsóvia explicou ainda que, mesmo que essa permissão não seja concedida, o país tomará as suas próprias decisões nesse âmbito. Porém, não forneceu mais explicações acerca do significado destas declarações - apenas que está já a ser agregada uma coligação de países que se mostram prontos para contribuir nesse sentido.
Também o governo alemão já reagiu a essa possibilidade, dizendo, por via de um porta-voz: "Há um procedimento para isso, trabalharíamos com a rapidez e o cuidado necessários". Isto depois de a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, ter já, no entanto, garantido que Berlim não pretende ser um obstáculo no que diz respeito a esse tema.
Recorde-se que a Ucrânia tem vindo, nas últimas semanas, a pedir ao Ocidente o envio destes tanques de última geração, alegando necessitar deles para combater as investidas russas. Porém, o envio dos mesmos tem estado dependente de autorização alemã, país responsável pelo fabrico dos mesmos - algo que, até ao momento, ainda não aconteceu.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou já a vida a mais de sete mil civis, com outros 11 mil a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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