Yasine Kanjaa, o homem que ontem matou um sacristão e feriu um padre em Algeciras, Cádis, em Espanha, está a ser investigado como suspeito de terrorismo - ainda que possa ser mentalmente desequilibrado, noticia o La Vanguardia.
Após primeiras investigações, o Tribunal Nacional decidiu manter o caso como terrorismo, avança o mesmo meio.
De madrugada, as autoridades fizeram buscas domiciliárias à residência do suspeito e também interrogaram dos colegas de casa.
O possível rápido processo de radicalização também está a ser tido em conta. O detido não tem antecedentes criminais na Espanha ou noutros países aliados.
A Polícia Nacional pediu ao juiz a prorrogação da detenção para prosseguir com as investigações em Algeciras antes de levar o jovem marroquino à presença do juiz.
Recorde-se que Yassine Kanjaa, foi detido pelo ataque terrorista a duas igrejas em Algeciras, esta quarta-feira à noite.
Munido de uma catana e vestido com um 'djellaba' preto (peça de roupa tradicional), entrou na paróquia de Santa María Auxiliadora, invadiu a capela de San Isidro e esfaqueou o padre Antonio Rodríguez, de 74 anos, que celebrava a Eucaristia às sete da noite. O padre sobreviveu e permanece no hospital.
Depois, Kanjaa dirigiu-se à Igreja de Nuestra Señora de La Palma, na central Plaza Alta de Algeciras, onde atacou o sacristão Diego Valencia.
Segundo o OK Diario, o agressor invadiu a sacristia e foi o sacristão quem o confrontou com a ajuda de uma cadeira. A vítima inicialmente sofreu vários ferimentos, mas já fora do templo o marroquino desferiu mais dois golpes de catana que lhe provocaram a morte.
A atitude determinada do sacristão, impediu o agressor de chegar a uma sala onde se encontravam menores a ter aulas de catequese. Durante os ataques, ele gritou "morte aos cristãos" e "Allah é grande".
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