Tyre Nichols. Polícia dissolve unidade especial após morte de jovem

Cinco polícias de Memphis, nos Estados Unidos, foram acusados de homicídio em segundo grau pela morte de Tyre Nichols.

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© Scott Olson/Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
28/01/2023 22:35 ‧ 28/01/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

EUA

O Departamento de Polícia de Memphis, no Estados Unidos, dissolveu a unidade especial Scorpion, cujos oficiais são acusados ​​de assassinar Tyre Nichols, um jovem afro-americano que morreu três dias após uma violenta operação de trânsito. 

Segundo a imprensa norte-americana, a unidade, composta por 50 pessoas, tinha como missão reduzir os níveis de criminalidade em áreas específicas. Scorpion significa 'Street Crimes Operation to Restore Peace in Our Neighborhoods', cuja tradução para português é 'Operação de Crimes de Rua para Restaurar a Paz nos Nossos Bairros'.

Em comunicado, a Polícia notou que "é do interesse de todos desativar definitivamente" a unidade.

"Embora as ações hediondas de alguns lancem uma nuvem de desonra sobre o título Scorpion, é imperativo que nós, o Departamento de Polícia de Memphis, tomemos medidas proativas no processo de cura de todos os afetados", lê-se.

A Scorpion havia sido lançada em outubro de 2021 e atuava perante roubos de carros e crimes relacionados com gangues.

Sublinhe-se que cinco polícias desta unidade foram considerados "diretamente responsáveis pelo abuso físico de Tyre Nichols", de 29 anos, e foram demitidos do cargo na semana passada.

A morte de Tyre Nichols ocorreu em 10 de janeiro, após ser severamente espancado na sequência de uma operação de trânsito por condução imprudente a 7 de janeiro, quando regressava a casa após ter estado num parque. No entanto, esta acusação não ficou provada.

Um advogado da família disse que um vídeo mostra o jovem a ser espancado pelos polícias como uma "pinhata humana". Nichols foi hospitalizado em estado crítico, mas não resistiu à brutalidade dos agentes, segundo as informações conhecidas na última semana.

Os polícias responsáveis foram identificados como Tadarrius Bean, Demetrius Haley, Emmitt Martin III, Desmond Mills Jr. e Justin Smith, também eles afro-americanos.

Todos os cinco são acusados de homicídio em segundo grau, agressão agravada, sequestro agravado, má conduta oficial e opressão oficial.

Homicídio em segundo grau é um crime punível com pena de prisão que pode variar entre 15 a 60 anos de acordo com a lei do Tennessee, estado onde ocorreu o crime.

[Notícia atualizada às 22h54]

Leia Também: "Pinhata humana". Agentes acusados da morte de homem após a sua detenção

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