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Mais de 60 detidos em protestos na Geórgia contra lei controversa

Pelo menos 66 pessoas foram detidas pela polícia da Geórgia durante protestos na capital Tbilisi contra um polémico projeto de lei que visa os 'media' e Organizações Não Governamentais (ONG), informaram hoje as autoridades do país.

Notícias ao Minuto

09:22 - 08/03/23 por Lusa

Mundo Geórgia

Num comunicado, citado pela agência noticiosa russa Interfax, o Ministério do Interior da Geórgia acrescentou que "quase 50 polícias" ficaram feridos durante estes protestos, dispersos com gás lacrimogéneo e canhões de água.

Milhares de pessoas manifestaram-se terça-feira na Geórgia contra um polémico projeto de lei sobre "agentes estrangeiros", denunciado pela oposição como uma ferramenta de intimidação contra os 'media' e ONG.

A polícia utilizou gás lacrimogéneo e canhões de água contra os manifestantes que se reuniram do lado de fora do Parlamento, depois dos deputados terem aprovado o projeto de lei, de acordo com imagens da estação independente Pireli TV.

Durante a manifestação amplamente pacífica, pelo menos um manifestante atirou um 'cocktail molotov' contra um cordão da polícia de choque, segundo a mesma fonte.

Os manifestantes protestavam contra esta lei, que prevê que organizações que recebam mais de 20% dos seus financiamentos do exterior se registem como "agentes estrangeiros", sob pena de multas.

Este texto relembra uma lei similar adotada na Rússia em 2012 e que o Kremlin tem amplamente utilizado para reprimir os órgãos de comunicação social, organizações de oposição ou simples vozes críticas.

A Presidente da Geórgia, Salome Zurabishvili, referiu, em declarações às televisões, que está "ao lado" dos manifestantes.

"A Geórgia livre vê o seu futuro na Europa e não vai deixar que ninguém lhe roube esse futuro", sublinhou, pedindo ainda que a lei seja "revogada", prometendo vetá-la.

No entanto, este veto pode ser ultrapassado pelo partido no poder, que controla mais de metade das cadeiras no Parlamento.

A Geórgia, uma pequena ex-república soviética no Cáucaso, tem ambições de ingressar na União Europeia e na NATO, mas várias medidas do Governo lançaram recentemente uma sombra sobre estas aspirações e levantaram dúvidas sobre os seus laços com o Kremlin.

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