"O grupo militar privado Wagner deve tornar-se o melhor exército privado do mundo, um exército justo capaz de defender o Estado, um exército com ideologia e essa ideologia é a luta por justiça", referiu Yevgeny Prigozhin, em declarações publicadas na plataforma Telegram.
Prigozhin também se referiu ao papel do Grupo Wagner na ofensiva russa na estratégica cidade ucraniana de Bakhmut, adiantando que, após a eventual captura de Artiomovsk, pretende "começar a recrutar novas pessoas dessas regiões".
Num vídeo conhecido este fim de semana, o líder do grupo paramilitar afirmou que pretendia candidatar-se à Presidência da Ucrânia em 2024.
O Grupo Wagner, que já atuou em diversos conflitos, nomeadamente no continente africano - casos da Líbia, do Mali e da República Centro-Africana - anunciou recentemente a abertura de 58 centros de recrutamento de soldados em 42 cidades russas.
O recrutamento de presos na Rússia para combater na Ucrânia pode ser considerado crime de guerra, alertaram peritos da ONU na sexta-feira.
Numa declaração pública, o grupo de peritos da ONU, com membros de vários grupos de trabalho da organização, acusou este exército mercenário de estar a recrutar presos em vários estabelecimentos prisionais da Rússia.
Os presos de várias nacionalidades são ameaçados e intimidados até aceitarem, em reuniões onde não têm acesso nem aos seus advogados nem contacto com os seus parentes, segundo descreveu o comunicado.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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