"Não há detenções injustificadas, não posso permitir que se diga isso", disse à televisão BFMTV o chefe da polícia de Paris, Patrick Nuñez, ao mesmo tempo que sindicatos de advogados, magistrados e políticos de esquerda denunciavam uma "arbitrária" custódia policial.
De acordo com o último relatório consolidado da Procuradoria de Paris, 425 pessoas foram detidas pela polícia durante as três primeiras noites de manifestações espontâneas, entre quinta-feira e sábado, mas apenas 52 foram processados no final do processo.
Os números das noites de domingo e segunda-feira ainda não estão disponíveis, disse a Procuradoria.
Um total de 287 pessoas, incluindo 234 em Paris, foram presas na noite de segunda-feira em França durante a quinta noite consecutiva de manifestações espontâneas contra a decisão do governo de aprovar a reforma das pensões na assembleia sem votação, revelou à agência AFP uma fonte.
Claire Hédon, responsável pela defesa dos direitos dos cidadãos em França, admitiu estar "preocupada" com as consequências das prisões preventivas, sinónimo de privação de liberdade, e lembrou as regras da ética na manutenção da ordem.
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