"Em resposta aos atos de conluio seriamente erróneos entre os Estados Unidos e Taiwan, a China tomará medidas determinadas e eficazes para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial", disse o Ministério das Relações Exteriores chinês num comunicado divulgado pela agência de notícias Xinhua.
O Governo chinês, através do ministério, pediu a Washington que "pare de seguir um caminho errado e perigoso".
A China considera qualquer reunião entre líderes taiwaneses e estrangeiros como uma violação da soberania, que reivindica, sobre a ilha.
O líder da maioria Republicana na Câmara de Representantes, Kevin McCarthy, reuniu-se com a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, em Los Angeles, apesar dos protestos reiterados da China.
McCarthy recebeu Ing-wen durante o "trânsito" da líder de Taiwan na Califórnia, numa demonstração de solidariedade para com a soberania da ilha com administração própria, democrata e pró-ocidental, que a República Popular da China considera seu território.
O consulado chinês em Los Angeles tinha já reagido, em comunicado, dizendo que "a China opõe-se firmemente a qualquer forma de interação oficial entre os EUA e a região chinesa de Taiwan".
Qualificando como "teatro político" a visita e quaisquer declarações de Tsai Ing-wen, a missão chinesa referiu-se à menção de "trânsito" como um pretexto.
Os encontros entre a presidente e oficiais norte-americanos são muito relevantes numa altura de escalada da tensão entre os Estados Unidos e a China.
Desde 1979 que os EUA não mantêm relações diplomáticas com Taiwan, mas também não reconhecem a autoridade que a China diz ter sobre o território insular.
Esta é a primeira vez que um líder da Câmara dos Representantes recebe oficialmente a presidente de Taiwan em solo norte-americano desde que as relações diplomáticas diretas cessaram, há 44 anos.
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