"A polícia usará ferramentas inovadoras e câmaras inteligentes nas vias públicas para evitar qualquer tensão e conflito com compatriotas (...) para identificar as pessoas que violam a Lei do 'Hijab' e da Castidade Pública", explicou a polícia num comunicado, citado pela agência de notícias Mizan e pela estação de rádio norte-americana em farsi Farda, afiliada da Radio Liberty.
Estas câmaras servirão inicialmente para enviar "mensagens de advertência" a quem violar a lei e "alertá-las sobre as consequências legais da reincidência deste crime".
No entanto, um dos membros mais radicais do Conselho Islâmico de Farvardin, Hossein Jalali, alertou sobre as penalidades que podem ser aplicadas, nomeadamente penas financeiras, assim como a retirada da carta de condução, o passaporte ou o serviço de internet.
As autoridades também alertaram os grupos radicais para não fazerem justiça com as próprias mãos e não agredir ou assediar mulheres que não usam o lenço islâmico.
Nos últimos meses, várias imagens e vídeos de ataques verbais e físicos contra mulheres sem o 'hijab' foram publicados, como o ocorrido na semana passada, quando um membro dos paramilitares Basij atirou iogurte a uma mulher sem o véu islâmico em Shandiz.
Após a morte em setembro da curda-iraniana Mahsa Amini, sob custódia da polícia alegadamente por não usar corretamente o véu islâmico, os protestos contra o Governo multiplicaram-se, assim como o número de iranianas que não usam o 'hijab' em público.
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