A sondagem, realizada pelo Matadalan Survey & Research Institute, dá ao Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) um nível de apoio de 49%, acima dos 25% à Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), dos 5,5% ao Partido Democrático e dos 5,25% ao Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO).
O Partido Libertação Popular (PLP), do atual primeiro-ministro, regista um apoio de 3,5%, com o estreante Partido os Verdes de Timor a registar um apoio de 1%, e as restantes forças políticas a somarem um apoio de 7,75%.
A sondagem foi realizada pelo Matadalan Survey & Research Institute que ouviu 400 pessoas nos 13 municípios e na Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA) entre os dias 24 de março e 03 de abril, com um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de 5%.
A sondagem não inclui eleitores na diáspora, inclui metade mulheres e metade homens, com 25% entre os 17 e 24 anos, 25% entre os 25 e 34, 25% entre os 35 e os 49 e 25% entre os 50 e os 70.
O relatório da sondagem inclui dados sobre a localização dos sondados, nível de escolaridade e profissão e rendimento.
A análise, publicada a poucos dias do arranque da campanha eleitoral, que começa a 19 de abril, detalha a motivação do apoio aos maiores partidos, CNRT, Fretilin, PD e PLP, com a maioria a referir-se à importância da visão, missão e programa partidário.
No caso do KHUNTO quase 30% referem dar o seu apoio devido a relações familiares com o presidente ou quadros dos partidos.
À pergunta sobre que líder político deve ser primeiro-ministro, 60,25% referem Xanana Gusmão, muito à frente dos 19% de Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin, o maior dos três partidos no atual Governo, e dos 6,25% de Taur Matan Ruak, atual primeiro-ministro.
O quarto líder com mais apoio é Mariano Assanami Sabino, presidente do Partido Democrático (PD), com 6%, e Armanda Berta dos Santos, presidente do KHUNTO, com 2,75%.
No caso de Xanana Gusmão o apoio deve-se, segundo a maioria, ao seu papel pessoal e influência, sendo nos outros casos a missão e programa partidário o maior motivante para o apoio.
Sobre potenciais coligações pós-eleitorais, a opção mais apoiada, por 27,75%, é de uma aliança entre o CNRT e o PD, à frente da atual aliança do Governo, que integra a Fretilin, PLP e KHUNTO (17,75%).
Cerca de 12% apoiam uma coligação entre o CNRT, Fretilin e PD, e 8,25% entre o CNRT, PD e PLP.
Sobre as prioridades para o próximo Governo, a maioria dos sondados (43%) destaca as infraestruturas, incluindo estradas, internet, eletricidade e outras), à frente da criação de empregos (22,75%) e da educação (14%).
A campanha para as legislativas de 21 de maio começa a 19 de abril.
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