"[Um Indo-Pacífico] sujeito ao respeito de uma ordem internacional baseada em regras, em que os países são livres para escolher o seu próprio caminho", afirmou Blinken hoje em conferência de imprensa a partir de Hanói.
As declarações de Blinken ocorrem após dias de alta tensão entre a China e os Estados Unidos na região, depois de as forças norte-americanas terem enviado um navio de guerra para navegar em águas próximas de algumas ilhas no mar da China Meridional que Pequim disputa com vários países, entre os quais o Vietname.
O envio do navio coincidiu com manobras militares chinesas junto de Taiwan, encenando o cerco à ilha autónoma.
"É muito claro que os países da região partilhem a importância de respeitar as regras quando se trata de disputas marítimas, liberdade de navegação, pesca ilegal, etc", acrescentou Blinken, numa alusão à China, acusada de ocupar territórios e construir infraestruturas para fins militares no mar da China Meridional.
Hanói e Pequim disputam a soberania de dois arquipélagos nestas águas, o que por vezes provoca incidentes entre barcos de pesca vietnamitas e barcos-patrulha chineses.
Blinken reuniu-se hoje com o primeiro-ministro Pham Minh Chinh, entre outros líderes vietnamitas, e participou numa cerimónia da construção de uma nova embaixada na capital do Vietname, enquanto os dois países buscam estreitar as relações face à ascensão da China.
Por outro lado, Blinken foi instado a abordar a questão dos direitos humanos, depois de ter sido pressionado a ser mais duro com o regime de Hanói devido à recente condenação de um ativista a seis anos de prisão, e alertou que o progresso nesse aspeto "é essencial para desbloquear o pleno potencial do povo vietnamita."
"É importante que continuemos a conversar e buscar progresso em questões como liberdade de expressão e religião", acrescentou timidamente, pedindo que "o espaço para as ONG operarem seja ampliado".
Depois de passar pelo Vietname, Blinken viaja para o Japão no domingo para participar da reunião de chefes da diplomacia do G7.
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