Candidato à reeleição nas eleições que se realizam em agosto, mas cuja data específica ainda não foi confirmada, o chefe de Estado, de 80 anos, pediu, num discurso por ocasião das comemorações do 43.º aniversário da independência da antiga colónia britânica, que se diga "não à violência, antes, durante e depois" do escrutínio.
"O meu Governo tomou medidas para garantir eleições livres, justas e credíveis", disse na cidade de Mount Darwin, a cerca de 155 quilómetros a nordeste da capital, Harare.
A história política deste país da África Austral é marcada pela violência e intimidação durante as eleições.
Mnangagwa, que chegou ao poder em 2017 num golpe de Estado contra o então homem forte do país, Robert Mugabe, venceu por pouco as eleições presidenciais do ano seguinte com 50,8% dos votos.
O partido do seu principal rival, Nelson Chamisa, de 45 anos, acusa-o de reprimir os adversários políticos, obstruindo reuniões da oposição e detendo membros desses movimentos.
No seu discurso de hoje, Emmerson Mnangagwa advertiu contra "vozes, estrangeiras ou locais, incluindo ONG desonestas" que semeiam "as sementes da divisão e da discórdia".
No início de fevereiro, o Parlamento aprovou uma lei controversa que restringe drasticamente as liberdades das Organizações Não-Governamentais (ONG).
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