Biden pedirá ao Congresso 500 milhões de dólares para o Fundo Amazónia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai pedir ao Congresso norte-americano a aprovação de um desembolso de 500 milhões de dólares (455,7 milhões de euros ao câmbio atual) para o Fundo Amazónia, do Brasil, anunciou hoje na Casa Branca.
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Além disso, o país vai doar mil milhões de dólares (911 milhões de euros) para o Green Climate Fund, instrumento da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) que visa mobilizar financiamento climático para países em desenvolvimento.
Biden fez esses dois anúncios no seu discurso de abertura do Fórum das Grandes Economias sobre energia e clima, iniciativa lançada por Barack Obama durante a sua Presidência e que o atual chefe de Estado recuperou ao chegar à Casa Branca. Desde então, quatro encontros do fórum já foram realizados.
"O prazo que temos para agir é estreito", alertou Biden, ao defender o pedido de recursos ao Congresso dos Estados Unidos para a Amazónia.
O Presidente dos Estados Unidos também explicou que a sua doação ao Fundo Verde mostra que as economias avançadas devem "dar um passo à frente" e ajudar os países em desenvolvimento, onde o impacto da crise climática é maior, embora tenham contribuído menos para a provocar.
Por outro lado, Biden sublinhou a necessidade de reforçar o papel das instituições financeiras multilaterais, "a começar pelo Banco Mundial", no combate à emergência climática.
"Clima, energia e segurança alimentar estão relacionados. Apelo aos bancos multilaterais para que ampliem seus créditos" voltados para a crise climática, o que "também acelerará o combate à pobreza", disse o Presidente.
O evento de hoje pretende "acelerar o progresso em quatro áreas necessárias para manter o limite de 1,5 grau Celsius de aquecimento", afirmou a Casa Branca num comunicado.
Essas quatro áreas são a descarbonização da energia, a cessação do desmatamento na Amazónia e outras florestas críticas, a redução das emissões poluentes além do CO2 e a promoção de tecnologias de captura e gestão de carbono.
Biden encorajou os países cujas metas para 2030 não estão alinhadas com a meta (de 1,5 graus) "a ir para a COP28 em Dubai com uma meta alinhada", disse um alto funcionário do Governo norte-americano.
Além do pedido de recursos para o Fundo Amazónia, que Biden já havia avançado em fevereiro após uma reunião com o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, a US Development Finance Corporation anunciou que está a trabalhar num pacote de investimentos de 50 milhões de dólares (45,5 milhões de euros) para a estratégia de recuperação do banco brasileiro BTG Pactual.
Este projeto visa restaurar cerca de 300.000 hectares de terras degradadas no Brasil, Uruguai e Chile, mobilizando investimentos no valor de mil milhões de dólares. Metade da terra será permanentemente protegida, enquanto a outra metade será usada para cultivar florestas sustentáveis.
Isso permitirá capturar cerca de 35 milhões de toneladas de carbono nos próximos 15 anos, segundo a Casa Branca.
Biden também estimulou os países participantes a adotarem medidas para reduzir a zero as emissões poluentes provenientes do transporte e da geração de energia, bem como reduzir a quantidade de compostos nocivos ao meio ambiente, como metano ou hidrofluorcarbonetos, que são produzidos.
Por fim, o Presidente dos Estados Unidos defendeu investimentos em tecnologias de captura de carbono, que permitiriam mitigar parte das emissões poluentes já inevitáveis, e disse que vai pedir aos países que adotem compromissos com vista à COP28.
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