Ativistas em Berlim colam mãos aos asfalto em protesto pelo clima

Ações de desobediência pacífica, que pretendem alertar para a falta de medidas para combater as alterações climáticas, têm condicionado o trânsito na capital alemã.

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Notícias ao Minuto
27/04/2023 12:45 ‧ 27/04/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Crise Climática

Um grupo de ativistas climáticos alemães continuou esta quinta-feira com um protesto que tem durado toda a semana, travando o trânsito nas principais estradas de Berlim ao colarem as mãos no asfalto.

A forma extrema de protesto tem sido uma prática comum em várias organizações climáticas internacionais, e visa alertar para o impacto do trânsito e do automóvel nas alterações climáticas.

Em Berlim, os ativistas da Letzte Generation (´Última Geração') consideram que o governo alemão não está a ser ambicioso o suficiente na luta contra as alterações climáticas, exigindo o fim da utilização de todos os combustíveis fósseis até 2030 e a imposição de limites de velocidade mais restritos nas autoestradas alemãs.

A Deutsche Welle explica que os protestos nas principais estradas berlinenses começaram no início da semana e, na segunda-feira, foram cortados os acessos em 33 localizações, nomeadamente na via que circunda a capital. A manifestação começou logo às 7h30, em plena hora de ponta.

Ainda no domingo, durante uma corrida de Formula E, os ativistas tentaram colar-se à pista e atrasaram o início d o grande prémio.

As autoridades têm estado atentas ao surgimento de ativistas, com centenas de polícias a marcarem presença. A forte mobilização parcial foi notada pela Letzte Generation, que tem partilhado vídeos nas redes sociais onde demonstram o que consideram ser uso de força excessiva, para retirar os manifestantes do asfalto.

Além de colarem as mãos na estrada - uma forma de protesto baseada na desobediência pacífica, na qual os ativistas não obedecem às autoridades, mas também não usam a força para as suas reivindicações -, estão previstas mais marchas e protestos contra a falta de iniciativa pública para apoiar o ambiente e as próximas gerações, que terão de acarretar com o impacto maior da crise climática.

Em Portugal, o principal grupo de ativismo climático, a Greve Climática Estudantil, também já levou uma série de ações de desobediência pacífica para protestar contra o que consideram ser uma displicência face ao clima. Em 2021, para lutar contra o tráfego aéreo e o novo aeroporto de Lisboa, dezenas de ativistas ocuparam a rotunda de acesso ao Aeroporto Humberto Delgado, impedindo o trânsito durante uma boa parte do dia.

Veja as imagens na galeria acima.

Leia Também: Clima. Estudantes montam tendas na Faculdade de Psicologia em Lisboa

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