Um sobrevivente do ataque terrorista na Manchester Arena, no Reino Unido, foi aconselhado a encarar o atentado, que vitimou mais de 20 pessoas, como "uma experiência positiva". A denúncia foi feita no relatório 'Bee The Difference', divulgado no sexto aniversário do ataque.
Segundo o mesmo relatório, citado pela Sky News, cerca de 75% dos jovens afetados pelo ataque ficaram com sequelas psicológicas. Quase 30% não recebeu qualquer apoio profissional e quatro em cada dez afirmaram que nunca lhe foi fornecido qualquer apoio.
A um dos jovens, a quem foi prestado apoio psicológico, foi-lhe dito para "encarar o ataque como uma experiência positiva", que o "tornaria uma pessoa mais forte".
"O tutor disse-me que eu devia encarar o ataque como uma experiência positiva - que esta 'dificuldade' me tornaria uma pessoa mais forte. Ele disse que hoje em dia não há muitos jovens a passar por dificuldades. Isto pareceu-me totalmente insensível e por isso não regressei", contou o sobrevivente, aos investigadores que elaboraram o relatório.
O 'Bee The Difference' é um relatório concebido por e para jovens sobreviventes do ataque terrorista, que conta com a colaboração da organização britânica de resposta a catástrofes National Emergencies Trust e investigadores da Universidade de Lancaster.
O ataque terrorista de 22 de maio de 2017, na Manchester Arena, matou 23 pessoas, incluindo o atacante, e causou mais de 200 feridos, após um concerto da cantora norte-americana Ariana Grande.
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