Os protestos de hoje acontecem dias depois de a coligação de partidos ultraortodoxos e ultranacionalistas do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ter aprovado um novo orçamento para dois anos.
O principal protesto ocorreu em Telavive, onde participaram milhares de manifestantes.
A aprovação do novo orçamento poderá garantir alguma estabilidade ao governo de Israel. No entanto, também parece alimentar a opinião dos manifestantes de que Netanyahu está a apelar aos seus aliados religiosos em vez de abordar os problemas económicos mais amplos da sociedade em geral.
"Se Israel ficar com muito poder para si, basicamente tornar-se-á como a Polónia ou a Hungria, e não queremos isso", disse Aylon Argaman, um manifestante, citado pela AP.
Os organizadores dos protestos descrevem as manifestações como um movimento para salvar a democracia e defendem que os planos do governo para enfraquecer o Supremo Tribunal destruiriam o sistema judicial do país.
Já os defensores da reforma judicial dizem que ela é necessária para controlar um Supremo Tribunal excessivamente zeloso.
A polémica reforma judicial foi congelada em março pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, após os protestos que começaram em janeiro de 2023.
Em 16 de maio, o Presidente de Israel, Isaac Herzog, instou o Governo e a oposição a chegarem a acordo sobre a reforma judicial.
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