"Estou muito orgulhosa dele me ter ligado a dizer 'está a trabalhar bem'"
Silvio Berlusconi transmitiu, no último telefonema com Giorgia Meloni, que estava orgulhoso do trabalho da atual líder do governo italiano, revelou a primeira-ministra, numa entrevista sobre o político conservador, que morreu hoje aos 86 anos.
© REUTERS/Yara Nardi/File Photo
Mundo Óbito/Berlusconi
"Tê-lo, poder falar com ele, foi um elemento que me acalmou em muitas coisas", referiu Giorgia Meloni à estação TG5.
A atual chefe do governo italiano revelou o último telefonema entre ambos, em que, de acordo com Meloni, Berlusconi lhe transmitiu: "Olha, quero-te dizer que estou muito orgulhoso do trabalho que está a fazer, de como você o está a fazer".
"Ele já esteve lá antes e saiu-se bem. Também estou muito orgulhosa do facto de que ultimamente, acima de tudo, ele me ter ligado com frequência a dizer-me 'você está a trabalhar bem'", sublinhou.
O antigo primeiro-ministro e empresário morreu hoje de manhã, no Hospital San Raffaele em Milão, de onde era natural, vítima de leucemia.
Berlusconi fundou o Forza Italia (FI) em 1994, pouco antes do primeiro mandato como primeiro-ministro, que exerceu entre 11 de maio de 1994 e 17 de janeiro de 1995.
O FI fundiu-se com o partido Popolo della Libertà (Povo da Liberdade, PdL) em 2008, também criado por Berlusconi para disputar eleições e que integrava a Alleanza Nazionale (Aliança Nacional), dissolvida no ano seguinte, e pequenos partidos.
Em 2013, o PdL suspendeu a atividade para retomar a intervenção política através da refundação do FI.
Berlusconi chefiou mais três governos, de junho de 2001 a abril de 2005, de abril de 2005 a maio de 2006, e de maio de 2008 a novembro de 2011.
Com um total de 3.339 dias, mais de nove anos, foi o político que mais tempo esteve no cargo de primeiro-ministro na Itália republicana.
O político de direita, magnata dos 'media' e antigo dono do clube de futebol AC Milan foi sempre uma figura polémica, mas incontornável da vida pública italiana das últimas décadas.
Berlusconi foi alvo de acusações de corrupção e esteve no centro de escândalos sexuais que culminaram na expulsão do Senado italiano, em 2013.
Em 2022, regressou à ribalta política italiana como líder do FI, pelo qual foi eleito de novo para o Senado.
O FI integra a coligação governamental de direita e extrema-direita atualmente no poder, chefiada pela primeira-ministra, Giorgia Meloni.
No Parlamento Europeu, integra o grupo parlamentar do Partido Popular Europeu, de que fazem parte os partidos portugueses PSD e CDS-PP.
Berlusconi também foi deputado ao Parlamento Europeu entre 1999 e 2001, e entre 2019 e 2022.
Antigo jornalista e também fundador do FI, Antonio Tajani, 69 anos, foi presidente do Parlamento Europeu entre 2017 e 2017, depois de ter sido comissário europeu de 2008 a 2014.
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