Multidão canta "parabéns" a Trump em restaurante após deixar tribunal

O ex-presidente norte-americano Donald Trump foi na terça-feira recebido por uma multidão num restaurante cubano em Miami, onde lhe cantaram os "parabéns" logo após ter saído de uma audiência histórica acusado de 37 crimes federais.

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Lusa
14/06/2023 06:15 ‧ 14/06/2023 por Lusa

Mundo

Donald Trump

Quando todos pensavam que a caravana de carros que saía do tribunal de Miami se dirigia para o aeroporto, a comitiva de Trump foi vista a dirigir-se para o "Versailles", um restaurante icónico para os exilados cubanos.

Naquela que foi a primeira paragem de Trump após deixar o tribunal federal em Miami, uma multidão rezou pelo ex-presidente e cantou-lhe ainda os parabéns, num momento em que os seus problemas com a justiça se intensificam a cada dia.

O restaurante estava lotado de apoiantes, uma oportunidade que o magnata não perdeu para entrar em modo de campanha para as presidenciais de 2024, às quais é candidato.

No entanto, a 'serenada' ocorreu na noite de terça-feira e Trump, que completa 77 anos, faz anos esta quarta-feira.

"Somos uma nação em declínio e então eles fazem estas coisas. Vocês veem onde as pessoas estão. Amamos as pessoas", disse Trump, citado pela imprensa local, ao ser questionado sobre a sua audiência no tribunal.

"Temos um Governo que está fora de controlo", acrescentou, voltando a tecer críticas ao executivo de Joe Biden, a quem responsabiliza pelas acusações que pesam sobre si.

Após deixar o restaurante, Trump escreveu nas redes sociais: "Obrigado Miami. Uma receção tão calorosa num dia tão triste para o nosso país!".

E de Miami, Donald Trump seguiu para o estado de Nova Jérsia, onde realizará uma angariação de fundos para a sua campanha, com vista a ser o candidato republicano às presidenciais de 2024.

No evento, Donald Trump deverá ainda falar sobre a audiência de terça-feira, na qual se declarou inocente pelas 37 acusações federais apresentadas contra si, relacionadas com desvio e ocultação de documentos classificados.

Trump, o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos da América a ser indiciado criminalmente pela justiça federal, encontra-se assim envolvido num processo legal que se desenrolará no auge da campanha presidencial de 2024 e que poderá trazer profundas consequências não apenas para o seu futuro político, mas também para a sua própria liberdade pessoal.

Em 2021, quando deixou a Presidência, o magnata republicano levou ilegalmente centenas de documentos classificados, incluindo segredos nucleares, que guardou em vários pontos da sua mansão em Mar-a-Lago, como num quarto, num salão de festas, ou mesmo numa casa de banho.

Além de ter retido estes documentos, Trump terá ainda tentado obstruir as investigações do polícia federal norte-americana (FBI) e de um grande júri, segundo a acusação.

Leia Também: Trump declara-se "não culpado" das 37 acusações no caso dos documentos

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