"Felicito Moçambique e o seu povo pelo encerramento da última base da Renamo. Este marco importante serve para lembrar que é sempre possível escolher a paz", escreveu Guterres na rede social Twiter, na sexta-feira.
"Comprometo-me a dar todo o apoio da ONU ao processo de paz", acrescentou o antigo primeiro-ministro português.
A última base da Renamo foi encerrada em Vanduzi, distrito de Gorongosa, na província central de Sofala, na quinta-feira, mais de 30 anos depois do fim da guerra civil moçambicana.
Participaram na cerimónia o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Ossufo Momade.
"O encerramento desta base demonstra a determinação inabalável do meu Governo e da Renamo em não mais voltar às hostilidades militares e consolidar a paz duradoura em Moçambique", disse Nyusi na cerimónia.
O encerramento da 16.ª base da Renamo está em linha com o Acordo de Maputo para a Paz e Reconciliação Nacional, assinado em agosto de 2019, assinalou a representação da ONU em Moçambique.
A cerimónia representou o final do processo de desmobilização de 5.221 guerrilheiros que permaneciam nas bases em zonas remotas e que começaram a entregar as armas há quatro anos, no âmbito do acordo de paz.
Segue-se a fase de reintegração, que inclui o início do pagamento de pensões aos desmobilizados.
"Queremos ver nos próximos dias a fixação, o pagamento das pensões aos nossos combatentes e apelamos para que não haja mais incumprimentos nos entendimentos que temos vindo a alcançar", disse o líder da Renamo na cerimónia.
A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder desde a independência, em 1975, considerou o encerramento da base da Renamo, com a qual lutou na guerra civil, como "um marco histórico".
O encerramento da última base da Renamo aconteceu 10 dias antes de Moçambique celebrar 48 anos de independência e às portas de um novo ciclo eleitoral, com autárquicas em outubro e eleições gerais em 2024.
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