Chuvas ininterruptas e ventos fortes causaram estragos em dezenas de municípios do Estado do Rio Grande do Sul, incluindo a capital, Porto Alegre.
"O número de mortos sobe para 13 e as buscas continuam", anunciou na rede social Twitter a Proteção Civil deste Estado fronteiriço com Uruguai e Argentina. O balanço anterior tinha indicado 11 mortos.
O número de desaparecidos foi, entretanto, revisto em baixa, de 20 no sábado para quatro hoje, todos na cidade de Caraá, de 8.000 habitantes, a mais atingida, no litoral, a 90 quilómetros de Porto Alegre.
"A água subiu até à cintura dentro de casa. Ainda bem que os bombeiros vieram rápido e colocaram-nos nas canoas. Parecia um pesadelo", disse um morador da cidade de São Leopoldo, que não quis revelar seu nome, ao jornal Estadão.
Outras pessoas foram retiradas por helocóptero.
Mais de 3.700 habitantes ficaram com as suas casas danificadas e, hoje, cerca de 84.000 pessoas estavam sem eletricidade. Cerca de 700 foram retiradas com antecedência de áreas de risco.
O governador do Estado, Eduardo Leite, iniciou um reconhecimento, de helicóptero, das áreas mais afetadas no sábado, acompanhado principalmente por socorristas.
Em São Leopoldo, caíram 246 mm de chuva em 18 horas, "nível nunca visto na história" desta cidade de 240 mil habitantes, sublinhou o prefeito de Porto Alegre, Ary José Vanazzi.
Em Caraá, a situação é preocupante e um centro comunitário foi transformado para acolher os desalojados.
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