"Itália e França são duas nações unidas, duas nações importantes, centrais, protagonistas da Europa, que precisam de dialogar num momento como este, porque os nossos interesses comuns são convergentes", defendeu Giorgia Meloni, ao ser recebida pela primeira vez em Paris.
"É essencial que Roma e Paris continuem a trabalhar bilateral e multilateralmente", insistiu a chefe de Governo italiana, referindo-se às questões europeias.
Emmanuel Macron pediu a continuação da coordenação bilateral em matéria de migrações.
"Itália e França podem continuar a fazer progressos úteis nas próximas semanas, nos próximos meses e nos próximos anos", reconheceu o líder francês, que insistiu na necessidade de um "diálogo franco, ambicioso e exigente" entre os dois países.
Ao longo dos últimos meses, vários casos envolvendo migrantes alimentaram a tensão entre Paris e Roma.
Em novembro, a Itália recusou receber o navio humanitário Ocean Viking e os 230 migrantes a bordo, pressionando a França a deixá-lo atracar quando Macron denunciou o comportamento de Roma, que classificou de "inaceitável".
Na primavera, o ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, provocou o desconforto do Governo italiano, quando disse que Giorgia Meloni era "incapaz de resolver os problemas migratórios que auxiliaram a sua eleição".
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