"Agora, finalmente percebemos o que os russos queriam dizer com uma operação especial. Depois de 16 meses de guerra na Ucrânia, a Rússia está a travar uma guerra contra a Rússia", disse a ministra da Defesa checa, Jana Cernochova, na rede social Twitter.
"Não é uma surpresa. É uma tradição entre os russos. Guerras fracassadas terminam sempre com a execução do 'czar', seguida do caos e de uma guerra civil acompanhada por espias. Parabéns!", ironizou a ministra.
O ministro dos Negócios Estrangeiros checo, Jan Lipavsky, declarou, em tom irónico: "Posso ver que minhas férias de verão na Crimeia [península ucraniana ocupada pela Rússia em 2014] estão a aproximar-se", acompanhando a mensagem de 'emojis' de bandeiras ucranianas.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.
As acusações de Prigozhin expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
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