O ND deverá obter entre 40% e 44% dos votos, à frente do partido de esquerda Syriza, de Alexis Tsipras, que terá entre 16,1% e 19,1% dos votos, um registo mais baixo do que nas eleições de 21 de maio.
Os dados foram divulgados pelos canais de televisão gregos após o encerramento das urnas.
Segundo as primeiras sondagens, entre cinco e nove partidos terão ultrapassado o limite de 3% dos votos para entrar no parlamento grego, que tem 300 assentos.
Os primeiros resultados parciais devem começar a ser divulgados por volta das 18:00 (hora de Lisboa).
Vencedor por larga margem nas eleições de 21 maio, mas sem maioria no Parlamentode 300 lugares, o líder conservador apenas precisa agora de 39% para obter a maioria absoluta, graças ao bónus de até 50 lugares para o partido vencedor.
Esta regra tinha sido eliminada nas últimas eleições, o que acabou por fazer fracassar todas as tentativas de formar Governo.
A Grécia realiza hoje as segundas eleições gerais no espaço de um mês, marcadas pela questão das migrações após o recente naufrágio no mar Jónico, mas também pelo desemprego e pelo défice comercial.
O naufrágio foi um dos mais trágicos desastres migratórios no Mediterrâneo, com apenas uma centena de sobreviventes encontrados depois de se virar um barco em que seguiriam cerca de 750 pessoas, e gerou um clima de alta tensão entre os dois principais candidatos a uma vitória nas eleições legislativas do próximo domingo.
A campanha eleitoral foi dominada também pelo desemprego, que já atingiu 12%, e um défice comercial que continua a preocupar os gregos, que ainda se lembram bem dos efeitos da intervenção financeira externa após a crise de 2008.
Mitsotakis apresentou-se perante os eleitores com a promessa de finalizar as reformas aplicadas pelo seu Governo para que a economia grega continue a crescer, dizendo ser fundamental que o país se aproxime da Europa em termos de salários e padrões de vida.
Tsipras defende uma economia "que funcione para todos" e - depois da derrota do seu partido em maio, quando perdeu um terço do seu eleitorado face a 2019 - pede agora o voto para que o Syriza se mantenha um "partido de oposição forte".
Não faltaram motivos para crítica a Tsipras, durante a campanha eleitoral, apontando a incapacidade do Governo para lidar com o défice comercial acumulado e com o aumento do desemprego, sobretudo junto dos mais jovens.
[Notícia atualizada às 17h51]
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