O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que falou, este domingo, com os principais líderes dos Estados Unidos, Polónia e Canadá, sobre a contraofensiva ucraniana em curso e a rebelião de curta duração do chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, dentro da Rússia.
"Nas nossas conversas com os líderes, trocámos as nossas avaliações sobre o que está a acontecer na Rússia", referiu Zelensky, durante o seu discurso noturno diário, citado pelo Washington Post.
Na ótica do líder ucraniano, "quanto mais tempo dura a agressão russa, mais degradação causa na própria Rússia". "Uma das manifestações desta degradação é o facto de a agressão russa estar gradualmente a regressar ao seu porto de origem", sublinhou.
Recorde-se que, em declarações ao programa 'Face the Nation' da CBS, na manhã de domingo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que a breve rebelião "levanta questões profundas" sobre a estabilidade russa e "mostra verdadeiras fissuras" no controlo de Putin. Blinken também enquadrou as ações de Wagner como uma reação à invasão da Ucrânia.
"Há dezasseis meses, as forças russas estavam às portas de Kyiv, na Ucrânia, pensando que tomariam a cidade numa questão de dias. Agora, durante este fim de semana, tiveram de defender Moscovo, a capital da Rússia, contra mercenários criados pelo próprio Putin", frisou.
Durante os telefonemas com o presidente Biden, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, e o presidente polaco, Andrzej Duda, o presidente ucraniano disse que também apresentou pedidos de mais apoio militar às forças de Kyiv, incluindo sistemas de lançamento múltiplo de foguetes, mísseis terra-ar Patriot e artilharia.
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