As manifestações foram convocadas através do grupo a favor do sim "Yes23" e aconteceram em diversas cidades do país, incluindo Sidney, Camberra e Melbourne, numa altura em que as sondagens caíram, pelo menos, 50% de apoio à causa, escreve o jornal "Sydney Morning Herald".
Apesar de ainda não haver data para o referendo, deve realizar-se entre agosto e dezembro deste ano.
Os australianos terão de responder se aprovam uma proposta de lei para modificar a Constituição e que tem como finalidade reconhecer os aborígenes e os ilhéus de Torres através do Voz, organismo que representa os primeiros povos indígenas na Austrália.
Este órgão pode assessorar o executivo no Parlamento da Austrália em assuntos relacionados com os povos nativos para lhes dar maior participação na tomada de decisões a nível nacional.
Se for aprovado, o órgão fará parte de um novo capítulo de três pontos que será incluído na Constituição da Austrália, que data de 1901, intitulado "Reconciliação com os Povos Aborígenes e os ilhéus de Estreito de Torres".
Os aborígenes, que representam 3,2% dos mais de 25 milhões de habitantes da Austrália, têm sido vítimas constantes de maus tratos desde a colonização, além de terem sido despojados das suas terras e discriminados sistematicamente pelas instituições, organizações e sociedade em geral.
Leia Também: Austrália autoriza uso médico de 'ecstasy' e de cogumelos alucinogénicos