Crise climática? Itália e Grécia defendem ação conjunta de países do sul

Os Presidentes de Itália e da Grécia defenderam hoje a necessidade de uma "iniciativa conjunta dos países do sul da Europa" para fazer face à crise climática que atinge o Mediterrâneo e os dois países "com particular violência".

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Lusa
26/07/2023 11:49 ‧ 26/07/2023 por Lusa

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Clima

Num comunicado conjunto divulgado após uma conversa telefónica realizada hoje de manhã, Sergio Mattarella e Katerina Sakellaropoulou dão conta da "forte preocupação" que partilham relativamente à "emergência climática que afeta com particular violência a região mediterrânica".

Na nota informativa é referido que a Presidente da República Helénica agradeceu "o envio de meios aéreos para fazer face aos incêndios que afetam a Grécia" e sublinhou "a necessidade de uma iniciativa conjunta dos países do sul da Europa para fazer face aos riscos climáticos no Mediterrâneo".

"O Presidente Mattarella, depois de manifestar o seu apoio e de mencionar que a Itália também está a enfrentar graves consequências devido às alterações climáticas, respondeu positivamente à proposta", lê-se no comunicado conjunto.

De acordo com os dois chefes de Estado, "Grécia e Itália podem criar uma frente comum para sensibilizar a União Europeia (UE), os outros países mediterrânicos e toda a comunidade internacional a agirem mais rapidamente e de forma mais eficaz para combater os efeitos da crise climática".

"Por conseguinte, os dois Presidentes acordaram em trabalhar em conjunto para sensibilizar e envolver os seus homólogos dos países europeus mediterrânicos", conclui o comunicado.

O Governo italiano vai declarar hoje o estado de emergência em várias regiões que foram gravemente afetadas por violentas tempestades e por incêndios, incluindo na Sicília, onde as autoridades estão a combater vários fogos.

Pelo menos cinco pessoas morreram em Itália na sequência de violentas tempestades no norte e de incêndios na Sicília.

"A Itália está a viver um dos dias mais complicados das últimas décadas: inundações, tornados e granizo gigante no norte, calor abrasador e incêndios devastadores no sul", escreveu o ministro da Proteção Civil, na terça-feira.

"A perturbação climática que afeta o nosso país significa que todos temos de mudar a nossa atitude, sem qualquer álibi para ninguém", acrescentou Nello Musumeci, numa mensagem publicada na rede social Facebook.

Já na Grécia, os incêndios nas ilhas de Rodes, Corfu e Eubeia continuavam hoje fora de controlo.

Em Rodes, cerca de 19.000 pessoas, incluindo 7.000 turistas, tiveram de ser retiradas no passado fim de semana da ilha, a nona maior do Mediterrâneo, devido a um incêndio que já consumiu mais de 14 mil hectares de floresta, além de queimar várias casas e matar um número ainda não quantificado de animais.

A Grécia está a atravessar vários dias de calor extremo - os termómetros marcaram 46,4 graus no domingo no Peloponeso, a temperatura mais alta já registada no país helénico.

Leia Também: Itália vai declarar emergência em regiões afetadas por fogo e tempestades

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