"É muito importante que os serviços diplomáticos não só do nosso país, mas também de outros Estados, estejam orientados para desenvolver boas relações e não para desestabilizar (...)", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Moldova, Nicu Popescu.
"Concordamos com as instituições e líderes políticos sobre a necessidade de limitar o número de diplomatas russos acreditados na Moldova (...) para que menos pessoas estejam envolvidas na desestabilização do país", acrescentou Popescu.
Em reação, o embaixador russo na Moldova, Oleg Vasnetsov, alertou hoje que esta decisão "prejudica seriamente as possibilidades de diálogo entre os dois países".
Vasnetsov garantiu ainda que o alegado caso de espionagem divulgado na terça-feira pelos meios de comunicação da Moldova é apenas uma desculpa para realizar a redução do pessoal diplomático russo.
"Não pensávamos que Chisinau se envolveria com tanta rapidez em ações de russofobia e que seriam tomadas medidas tão drásticas. Esperamos que as pessoas responsáveis por tais decisões percebam o que pode resultar disto tudo no futuro", disse o embaixador, segundo o portal de notícias NewsMaker.
A Moldova suspeita que os serviços especiais russos intensificaram a sua atividade naquela ex-república soviética, após um aumento de antenas de captação de sinais de longa distância no telhado da embaixada russa em Chisinau, avançaram na terça-feira os meios de comunicação locais.
A imprensa moldava referiu ser possível detetar 28 antenas fixas instaladas no edifício da representação diplomática russa.
Após a publicação destas notícias, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Moldova anunciou, na terça-feira, a convocação do embaixador russo.
Oleg Vasnetsov afirmou que muitas destas antenas foram instaladas na década de 1990, altura em que o edifício foi construído, e que muitas já se encontravam obsoletas.
"Muitas estão enferrujadas. Se os sistemas de comunicações e de Internet fossem melhores, provavelmente não seria preciso as atualizar constantemente", declarou o embaixador russo.
Este mês, as autoridades da Moldova relataram ainda o desmantelamento de uma rede de agentes que conduzia ações de espionagem em nome da Rússia para desestabilizar a situação no país.
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