UE pede fim dos confrontos na Líbia e eleições para encontrar solução
A União Europeia (UE) afirmou hoje que está a acompanhar com "grande preocupação" os recentes confrontos na Líbia, exortando todas as partes envolvidas a acabarem com as hostilidades, a regressarem ao diálogo e a promoverem eleições no país.
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Mundo UE
Em comunicado, o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, disse que os 27 do bloco comunitário estão a "acompanhar com especial atenção e grande preocupação os recentes episódios de violência" na Líbia.
O país do norte de África tem sido cenário nos últimos dias de confrontos entre grupos armados rivais. De acordo com o mais recente balanço das autoridades, os confrontos entre dois grupos armados em Tripoli fizeram pelo menos 55 mortos e 146 feridos entre as noites de segunda-feira e de terça-feira.
Os novos dados sobre os confrontos entre a Brigada 444 e a Força al-Radaa foram avançados hoje por Malek Mersit, porta-voz do Centro Médico de Emergência, ao canal Líbia al-Ahrar. O anterior balanço dava conta de 27 mortos.
"São uma memória vívida da fragilidade da situação de segurança na Líbia e da necessidade com urgência de eleições para encontrar uma solução política sustentável e inclusiva", acrescentou o chefe da diplomacia europeia.
Os cidadãos do país "estão cansados de ser apanhados no fogo cruzado" e querem ver concretizada a sua aspiração de ter paz, reforçou o alto representante.
Por isso, frisou Borrell, os 27 exortam todas as partes envolvidas "nos atos de violência a cumprirem a lei humanitária internacional e a assegurarem a salvaguarda de vidas".
"Apesar de os conflitos em Tripoli terem aparentemente acalmado, a UE insta todas as partes a acabar com as hostilidades armadas e a promoverem o diálogo", concluiu Josep Borrell.
Os combates com armas pesadas (lança-foguetes e metralhadoras) eclodiram após a prisão, sem explicação, na segunda-feira, do coronel Mahmoud Hamza, comandante da Brigada 444, pela Força al-Radaa.
Um acordo de cessar-fogo suspendeu os confrontos, já considerados os piores do último ano na capital líbia, mas a tensão mantém-se na cidade, segundo a agência AFP.
Três hospitais de campanha e cerca de sessenta ambulâncias foram mobilizados para resgatar os feridos e retirar os civis.
A Líbia, que possui as reservas de petróleo mais importantes no continente africano, é um país imerso no caos político e de segurança desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, em 2011.
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