Biden com líderes da Ásia central para reduzir influência chinesa e russa

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reuniu-se na terça-feira com os líderes das cinco Repúblicas da Ásia central com o objetivo de diminuir a influência chinesa e russa na região.

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© JIM WATSON/AFP via Getty Images

Lusa
20/09/2023 06:39 ‧ 20/09/2023 por Lusa

Mundo

EUA

O chefe de Estado norte-americano reuniu-se em Nova Iorque com os Presidentes do Cazaquistão, Turcomenistão, Uzbequistão, Quirguistão e Tajiquistão, depois de proferir o seu discurso na sessão de abertura da 78.ª sessão da Assembleia Geral da ONU.

No final da reunião, Biden afirmou que a relação entre os Estados Unidos e a Ásia central atravessa "um momento histórico" e deu como exemplo a "cooperação antiterrorista" e o financiamento norte-americano para a segurança na região.

Joe Biden também falou sobre uma nova plataforma para conectar empresas norte-americanas e da Ásia central e ainda citou o diálogo que estão a conduzir sobre minerais críticos para garantir a segurança energética daquela região asiática.

Numa clara referência à guerra na Ucrânia -- mas sem mencionar este país --, Biden sublinhou que tanto os Estados Unidos como os países da Ásia central estão "comprometidos com a soberania, independência e integridade territorial" dos Estados.

"Na minha opinião, estes princípios são mais importantes do que nunca", declarou o chefe de Estado norte-americano.

Os países da Ásia central não aderiram às sanções ocidentais contra a Rússia após a invasão da Ucrânia, mas defendem uma solução diplomática e não apoiam abertamente a anexação russa de quatro regiões ucranianas.

A Ásia central, uma região tradicionalmente considerada uma zona de influência russa, é uma das poucas regiões para onde o Presidente russo, Vladimir Putin, viajou desde o início da guerra.

Washington está ciente de que neste momento não pode virar as costas à Ásia central, uma vez que não só faz parte da área de influência da Rússia, mas também é uma região onde a China está a expandir o seu papel.

Três dos países (Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão) têm fronteira com a China, que tem mantido uma posição ambígua na guerra na Ucrânia e solicitou o respeito pela "integridade territorial de todos os países", bem como pediu para ter em conta as "preocupações legítimas" da Rússia.

Num comunicado, a Casa Branca informou que Biden prometeu aos cinco líderes aumentar o investimento para desenvolver a rota comercial do Corredor Internacional Transcaspiano, que liga a Ásia central e a Europa, e que contorna o território da Rússia.

Leia Também: Enviado dos EUA encontra-se com autoridade chinesa para debater clima

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