Guterres aludia, entre outros, ao ataque a uma academia militar em Homs, oeste da Síria, que causou cerca de 70 mortos. O ataque com drones visou uma cerimónia de graduação na escola militar de Homs, tornando-se num dos ataques mais mortíferos contra as forças governamentais nos últimos anos, sendo os seus autores ainda desconhecidos.
Na sua declaração, Guterres disse condenar toda a violência na Síria e instou "todas as partes a respeitarem as suas obrigações ao abrigo do direito humanitário", insistindo que "um cessar-fogo é essencial para um processo político significativo".
Uma fonte médica da província de Homs, que pediu anonimato, disse à EFE que pelo menos 67 pessoas foram mortas e 211 feridas, numa "contagem preliminar" da ação, enquanto a Organização Não-Governamental (ONG) Observatório Sírio para os Direitos Humanos elevou o número para 78 mortos, incluindo nove civis.
O Governo sírio tem o controlo total de Homs desde 2014, quando os insurgentes se retiraram do centro ao abrigo de um acordo de tréguas mediado pela ONU, uma vez que a cidade se tornou um reduto rebelde após os protestos populares de 2011.
Numa altura em que o Governo sírio está a recuperar gradualmente o controlo de partes do país ainda nas mãos da oposição e quando os grupos anti-governamentais se envolveram em confrontos sangrentos entre si, o ataque de hoje é considerado um enorme revés para o Governo do Presidente sírio, Bashar al-Assad, que também está a regressar à cena internacional após ter sido levantado o veto de vários países.
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