Com a adversária de esquerda, Luisa Gonzalez, a atingir os 47,7% dos votos e no momento em que estão contabilizados "mais de 90% dos votos validados a nível nacional, o CNE considerou que estes resultados são irreversíveis e que o Equador elegeu virtualmente Daniel Noboa como presidente", declarou a responsável do órgão eleitoral, Diana Atamaint.
Luisa González, correligionária do ex-Presidente progressista Rafael Correa (2007-17), aceitou a derrota e felicitou Noboa.
O presidente eleito do Equador disse, pouco depois, que vai começar já a trabalhar para construir um "novo Equador".
"A partir de amanhã, a esperança começa a funcionar, a partir de amanhã, Daniel Noboa, o novo presidente da República, começa a trabalhar", afirmou.
Noboa, de 35 anos, é um político inexperiente e herdeiro de uma fortuna construída com o comércio de bananas, passando a liderar o Equador num período marcado por uma violência sem precedentes, marcado pelo assassínio de um candidato presidencial.
A sua carreira política começou em 2021, quando ganhou um lugar na Assembleia Nacional e presidiu à Comissão de Desenvolvimento Económico. O empresário formado nos Estados Unidos abriu uma empresa de organização de eventos quando tinha 18 anos e depois ingressou na Noboa Corp., do pai, onde ocupou cargos de gestão nas áreas de transporte, logística e comercial.
O pai, Álvaro Noboa, é o homem mais rico do Equador graças a um conglomerado que começou com o cultivo e o transporte de bananas - a principal cultura do Equador - e que atualmente inclui mais de 128 empresas em dezenas de países. O pai candidatou-se à presidência cinco vezes, sem sucesso.
O mandato do presidente vai durar apenas até maio de 2025. A Assembleia Nacional foi dissolvida em maio, quando os deputados instauraram um processo de destituição contra o presidente a que sucede, Guillermo Lasso, por alegadas irregularidades num contrato celebrado com uma empresa pública.
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