Países latino-americanos felicitam Noboa, presidente eleito do Equador

Vários líderes latino-americanos felicitaram o presidente eleito do Equador, Daniel Noboa, que venceu no domingo a segunda volta das eleições no Equador.

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© Getty Images/Andres Yepez

Lusa
16/10/2023 06:49 ‧ 16/10/2023 por Lusa

Mundo

Equador

O governo chileno "cumprimentou e felicitou" Noboa "pela sua vitória nas eleições de 15 de outubro e deseja-lhe os maiores êxitos na sua administração". O Ministério das Relações Exteriores do Chile destacou o "grande espírito cívico e o compromisso democrático demonstrado pelo povo equatoriano, que compareceu maciça e pacificamente a estas eleições", pode ler-se num comunicado.

O líder colombiano Gustavo Petro, depois de felicitar Noboa, exortou-o a trabalhar em conjunto para "acabar com a violência que o narcotráfico espalhou no Equador", em referência ao recrudescimento da violência no país, atribuída a confrontos entre gangues e à propagação da violência nas prisões, que marcou a campanha eleitoral juntamente com o homicídio do candidato Fernando Villavicencio, um crime cometido por assassinos colombianos.

Apresidente do Peru, Dina Boluarte, felicitou Noboa em nome do Governo e do povo peruanos: "Renovamos o nosso mais profundo desejo de continuar a reforçar as relações de amizade, cooperação e integração entre o Peru e o Equador, recordando que este ano comemoramos o 25.º aniversário dos Acordos de Paz de Brasília", declarou.

Por sua vez, o presidente do Panamá, Laurentino Cortizo, desejou "sucesso" a Noboa. "Como membro da Aliança para o Desenvolvimento da Democracia, saudamos o seu governo por esta excelente jornada eleitoral, que fortalece as instituições democráticas", disse.

Já o presidente do Uruguai, Luis Lacalle, disse estar "seguro" de que ambos os países vão continuar a avançar na relação bilateral, enquanto o líder da Costa Rica, Rodrigo Chaves, disse que foi "um dia cheio de democracia" e enviou um "forte abraço" e "votos de bem-estar e paz" ao povo equatoriano.

A Embaixada dos Estados Unidos no Equador destacou o compromisso dos equatorianos com a democracia durante este processo eleitoral e afirmou que continuará a cooperar com o governo de Guillermo Lasso durante a fase de transição.

"Esperamos trabalhar com a nova administração de Noboa para continuar a avançar com as nossas prioridades comuns em matéria de segurança, desenvolvimento económico inclusivo, governação e ambiente", salientaram num comunicado, no qual se destaca que ambos os países "partilham desafios e prioridades urgentes".

O empresário Daniel Noboa venceu a segunda volta das eleições presidenciais do Equador, no domingo, com 52,30% dos votos, tornando-se o presidente mais jovem da história do país, anunciou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Com a adversária de esquerda, Luisa Gonzalez, a atingir os 47,7% dos votos e no momento em que estão contabilizados "mais de 90% dos votos validados a nível nacional, o CNE considerou que estes resultados são irreversíveis e que o Equador elegeu virtualmente Daniel Noboa como Presidente", declarou a responsável do órgão eleitoral, Diana Atamaint.

Luisa González, correligionária do ex-presidente progressista Rafael Correa (2007-17), aceitou a derrota e felicitou Noboa.

Noboa, de 35 anos, é um político inexperiente e herdeiro de uma fortuna construída com o comércio de bananas, passando a liderar o Equador num período marcado por uma violência sem precedentes, marcado pelo assassínio de um candidato presidencial.

A sua carreira política começou em 2021, quando ganhou um lugar na Assembleia Nacional e presidiu à Comissão de Desenvolvimento Económico. O empresário formado nos Estados Unidos abriu uma empresa de organização de eventos quando tinha 18 anos e depois ingressou na Noboa Corp., do pai, onde ocupou cargos de gestão nas áreas de transporte, logística e comercial.

O pai, Álvaro Noboa, é o homem mais rico do Equador graças a um conglomerado que começou com o cultivo e o transporte de bananas - a principal cultura do Equador - e que atualmente inclui mais de 128 empresas em dezenas de países. O pai candidatou-se à presidência cinco vezes, sem sucesso.

O mandato do presidente vai durar apenas até maio de 2025. A Assembleia Nacional foi dissolvida em maio, quando os deputados instauraram um processo de destituição contra o presidente a que sucede, Guillermo Lasso, por alegadas irregularidades num contrato celebrado com uma empresa pública.

Leia Também: Daniel Noboa eleito presidente do Equador, o mais jovem de sempre

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